Segundo a minha maneira de apreciar as coisas, calculava eu que ainda me faltavam cerca de dez anos para conclusão dos meus trabalhos; mas, a ninguém falara disso. Achei-me, pois, muito surpreendido, ao receber de um dos meus correspondentes de Limoges uma comunicação dada espontaneamente, em que o Espírito, falando de meus trabalhos, dizia que dez anos se passariam antes que eu os terminasse.
Pergunta. (à Verdade.) — Como é que um Espírito, comunicando-se em Limoges,
onde nunca fui, pôde dizer precisamente o que eu pensava acerca da duração
dos meus trabalhos?
Resposta. — Nós sabemos o que te resta a fazer e, por conseguinte, o tempo aproximado de que precisas para acabar a tua tarefa. É, portanto, muito natural que alguns Espíritos o tenham dito em Limoges e algures, para darem uma ideia da amplitude da coisa, pelo trabalho que exige.
Entretanto, não é absoluto o prazo de dez anos; pode ser prolongado por alguns mais, em virtude de circunstâncias imprevistas e independentes da tua vontade.
NOTA. — (Escrita em dezembro de 1866.) —
Tenho publicado quatro volumes substanciosos, sem falar de coisas acessórias.
Os Espíritos instam para que eu publique A Gênese em 1867, antes
das perturbações. Durante o período da grande perturbação terei de trabalhar
nos livros complementares da Doutrina, que não poderão aparecer senão
depois da forte tormenta e para os quais me são precisos de três a quatro
anos. Isso nos leva, o mais cedo, a 1870, isto é, em torno de 10 anos.