Roteiro 2
Mediunidade e médium
Objetivo Geral: Possibilitar entendimento do processo de comunicação dos Espíritos com o mundo corporal.
Objetivos específicos: Emitir conceito de mediunidade e de médium. — Esclarecer a finalidade da mediunidade.
CONTEÚDO BÁSICO
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A […] mediunidade é inerente a uma disposição orgânica, de que qualquer homem pode ser dotado, como da de ver, de ouvir, de falar. […] A mediunidade é conferida sem distinção, a fim de que os Espíritos possam trazer a luz a todas as camadas, a todas as classes da sociedade, ao pobre como ao rico; aos retos, para os fortificar no bem, aos viciosos para os corrigir. […] A mediunidade não implica necessariamente relações habituais com os Espíritos superiores. É apenas uma aptidão para servir de instrumento mais ou menos dúctil aos Espíritos, em geral. O bom médium, pois, não é aquele que comunica facilmente, mas aquele que é simpático aos bons Espíritos e somente deles tem assistência. Allan Kardec: O Evangelho segundo o Espiritismo. Capítulo 24, item 12.
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Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer se que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva. Allan Kardec. O Livro dos Médiuns. Segunda parte. Capítulo14, item 159.
SUGESTÕES DIDÁTICAS
Introdução:
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Apresentar o assunto e os objetivos da aula.
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Solicitar aos participantes que se organizem, livremente, em duplas.
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Entregar a cada dupla cinco tiras de papel (tamanho 21 cm x 10 cm, aproximadamente), caneta hidrográfica.
Desenvolvimento:
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Pedir às duplas que leiam atentamente os subsídios do roteiro.
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Em sequência, propor-lhes as questões a seguir, cujas respostas deverão ser escritas nas tiras de papel recebidas (uma resposta em cada tira):
1. Que se entende por mediunidade?
2. Dar um conceito de médium.
3. Comentar a seguinte assertiva, constante nos subsídios: A mediunidade é conferida sem distinção (…).
4. Por que a mediunidade não implica relações habituais com os Espíritos Superiores?
5. Qual a finalidade da mediunidade?
Observação: Após cada questão, dar tempo razoável para a resposta. Nesta fase da tarefa, não deve haver consulta aos subsídios do roteiro.
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Quando todas as respostas tiverem sido dadas, pedir a um representante de cada dupla que afixe as referidas tiras de papel à vista de todos, conforme o exemplo abaixo:
Dupla 1 | resposta 1 | resposta 2 | resposta 3 | resposta 4 |resposta 5 |
Dupla 2 | resposta 1 | resposta 2 | resposta 3 | resposta 4 |resposta 5 |
(E assim por diante)
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Depois de serem afixadas todas as tiras, pedir a dois participantes que marquem as respostas que julgarem adequadas, lendo-as a seguir.
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Fazer a correção das respostas em conjunto com a turma, prestando os esclarecimentos devidos.
Conclusão:
Avaliação:
Técnica(s):
Recurso(s):
SUBSÍDIOS
Digamos, antes de tudo, que a mediunidade é inerente a uma disposição orgânica, de que qualquer homem pode ser dotado, como da de ver, de ouvir, de falar. Ora, nenhuma há de que o homem, por efeito do seu livre-arbítrio, não possa abusar, e se Deus não houvesse concedido, por exemplo, a palavra senão aos incapazes de proferirem coisas más, maior seria o número dos mudos do que o dos que falam. Deus outorgou faculdades ao homem e lhe dá a liberdade de usá-las, mas não deixa de punir o que delas abusa.
Se só aos mais dignos fosse concedida a faculdade de comunicar com os Espíritos, quem ousaria pretendê-la? Onde, ao demais, o limite entre a dignidade e a indignidade? A mediunidade é conferida sem distinção, a fim de que os Espíritos possam trazer a luz a todas as camadas, a todas as classes da sociedade, ao pobre como ao rico; aos retos, para os fortificar no bem, aos viciosos para os corrigir. Não são estes últimos os doentes que necessitam de médico? Por que Deus, que não quer a morte do pecador, o privaria do socorro que o pode arrancar ao lameiro? Os bons Espíritos lhe vêm em auxílio e seus conselhos, dados diretamente, são de natureza a impressioná-lo de modo mais vivo, do que se os recebesse indiretamente. Deus, em sua bondade, para lhe poupar o trabalho de ir buscá-la longe, nas mãos lhe coloca a luz. Não será ele bem mais culpado, se não a quiser ver? Poderá desculpar se com a sua ignorância, quando ele mesmo haja escrito com suas mãos, visto com seus próprios olhos, ouvido com seus próprios ouvidos, e pronunciando com a própria boca a sua condenação? Se não aproveitar, será então punido pela perda ou pela perversão da faculdade que lhe fora outorgada e da qual, nesse caso, se aproveitam os maus Espíritos para o obsidiarem e enganarem, sem prejuízo das aflições reais com que Deus castiga os servidores indignos e os corações que o orgulho e o egoísmo endureceram.
A mediunidade não implica necessariamente relações habituais com os Espíritos superiores. É apenas uma aptidão para servir de instrumento mais ou menos dúctil aos Espíritos, em geral. (1)
Segundo Emmanuel, a […] mediunidade é aquela luz que seria derramada sobre toda carne e prometida pelo Divino Mestre aos tempos do Consolador, atualmente em curso na terra. […] Sendo luz que brilha na carne, a mediunidade é atributo do Espírito, patrimônio da alma imortal, elemento renovador da posição moral da criatura terrena, enriquecendo todos os seus valores no capítulo da virtude e da inteligência, sempre que se encontre ligada aos princípios evangélicos na sua trajetória pela face do mundo. (7)
Mediunidade [é ainda Emmanuel quem o diz] é talento do céu, para o serviço de renovação do mundo. Lâmpada, que nos cabe acender, aproveitando o óleo da humildade, é indispensável nutrir com ela a sublime luz do amor, a irradiar-se em caridade e compreensão, para todos os que nos cercam. (8)
Por outro lado, todo […] aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva. (3)
O médium, assim, é […] o ser, é o indivíduo que serve de traço de união aos Espíritos, para que estes possam comunicar-se facilmente com os homens: Espíritos encarnados. Por conseguinte, sem médium, não há comunicações tangíveis, mentais, escritas, físicas, de qualquer natureza que seja. (4)
Note-se, entretanto, que o […] bom médium […] não é aquele que comunica facilmente, mas aquele que é simpático aos bons Espíritos e somente deles tem assistência. Unicamente neste sentido é que a excelência das qualidades morais se torna onipotente sobre a mediunidade. (2)
A missão mediúnica, se tem os seus percalços e as suas lutas dolorosas, é uma das mais belas oportunidades de progresso e de redenção concedidas por Deus aos seus filhos misérrimos. (6)
Assim é que os […] grandes Instrutores da Espiritualidade utilizam-se dos médiuns para a transmissão de mensagens edificantes, enriquecendo o Mundo com novas revelações, conselhos e exortações que favorecem a definitiva integração a programas emancipadores. Tudo isso pode o mediunismo conseguir se o pensamento de Nosso Senhor, repleto de fraternidade e sabedoria, for a bússola de todas as realizações. (5)
Referências Bibliográficas:
1. KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro. 124. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Capítulo 24, item 12, p. 351-352.
2. Idem, ibidem - p. 352.
3. Idem - O Livro dos Médiuns. Tradução de Guillon Ribeiro. 76. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Segunda parte, Capítulo 14, item 159, p. 203.
4. Id. - Capítulo 22, item 236, p. 300-301.
5. PERALVA, Martins. Estudando a Mediunidade. 24 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004. Capítulo 29, p. 159.
6. XAVIER, Francisco Cândido. O Consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 26. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Questão 382, p. 213.
7. Idem, ibidem, p. 213-214.
8. Id. - Dicionário da Alma. Por Espíritos diversos. Mediunidade, pelo Espírito Emmanuel. 5. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004, p. 255.