Roteiro 2
Etapas do esclarecimento doutrinário
Objetivo específico: Identificar as principais características das etapas do esclarecimento doutrinário.
SUBSÍDIOS
E quem ouve diga: Vem! E quem tem sede venha; e quem quiser tome de graça da água da vida. João (Apocalipse, 22.17)
A prática mediúnica não está totalmente isenta de perigos, sobretudo se os participantes não têm o hábito de estudo e oração. Trata-se de «[…] uma atividade privativa, na qual se realiza o serviço de assistência aos Espíritos necessitados, integrada por trabalhadores possuam conhecimento e formação espírita compatível com a seriedade da tarefa.» (3)
«A prática mediúnica deve primar pela espontaneidade, evitando-se a evocação de entidades espirituais. Cabe à direção espiritual a seleção de desencarnados que deverão manifestar-se na reunião.» (5) Deve existir uma compreensão geral, entre os membros da equipe, de que o fenômeno mediúnico, em si, não se presta a curiosidades nem a demonstrações espetaculares. «No Espiritismo, temos de lidar com inteligências que gozam de liberdade e que a cada instante nos provam não estar submetidas aos nossos caprichos. Cumpre, pois, observar, aguardar os resultados e colhê-los à passagem. […] Daí vem que o verdadeiro Espiritismo jamais se dará em espetáculo, nem subirá ao tablado das feiras. (1)
Durante a comunicação dos Espíritos e o diálogo com eles alguns critérios, sugeridos por Kardec, devem ser observados pela equipe mediúnica: (2)
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Perfeita comunhão de vistas e de sentimentos.
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Cordialidade recíproca entre todos os membros.
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Ausência de todo sentimento contrário à verdadeira caridade cristã.
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Um único desejo: o de se instruírem e melhorarem, por meio dos ensinos dos Espíritos […].
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Exclusão de tudo o que […] apenas exprima o desejo de satisfação da curiosidade.
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Recolhimento e silêncio respeitosos, durante as confabulações com os Espíritos.
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União de todos os assistentes, pelo pensamento […].
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Concurso dos médiuns da assembleia [reunião], com isenção de todo sentimento de orgulho, de amor-próprio e de supremacia e com o só desejo de serem úteis.
1. ETAPAS DO ESCLARECIMENTO DOUTRINÁRIO
O esclarecimento doutrinário ocorre durante a fase de manifestação mediúnica dos Espíritos, que não deve ultrapassar o tempo de sessenta minutos. (4) Durante esta manifestação, não «[…] se deve solicitar dados de identificação do Espírito comunicante, considerando-se que, se necessário, serão espontaneamente fornecidos pelo Espíritos.» (6)
1.1 — Etapa inicial: ouvir o Espírito e identificar as suas dificuldades
É de fundamental importância que se escute o que o Espírito tem a dizer. Se ele tem dificuldade de expressão é preciso auxiliá-lo, porque, revelando as suas dificuldades, é possível prestar-lhe assistência. Em geral, o diálogo é iniciado pelo próprio Espírito que, espontaneamente, toma a palavra e expressa as suas necessidades.
O […] doutrinador deve esperar, com paciência, depois de receber o companheiro com uma saudação sinceramente cortês e respeitosa. Seja quem for que compareça diante de nós, é um Espírito desajustado, que precisa de socorro. Alguns bem mais desarmonizados do que outros, mas todos necessitados — e desejosos — de uma palavra de compreensão e carinho, por mais que reajam à nossa aproximação. Os primeiros momentos de um contato mediúnico são muito críticos. Ainda não sabemos a que vem o Espírito, que angústias traz no coração, que intenções, que esperanças e recursos, que possibilidades e conhecimentos. Estará ligado a alguém que estamos tentando ajudar? Tem problemas pessoais com algum membro do grupo? Luta por uma causa? Ignora seu estado, ou tem consciência do que se passa com ele? É culto, inteligente, ou se apresenta ainda inexperiente e incapaz de um diálogo mais sofisticado? Uma coisa é certa: não devemos subestimá-lo. Pode, de início, revelar clamorosa ignorância, e entrar, depois, na posse de todo o acervo cultural de que dispõe. Dificilmente o Espírito é bastante primário para ser classificado, sumariamente, como ignorante. (7)
«Se, apesar da saudação inicial, o Espírito não se decide a falar, o dialogador poderá formular pergunta estimuladora, insistir fraternalmente. Ex.: “Estamos ao seu dispor, prontos a ouvi-lo.” “Como se sente?” “Deseja alguma coisa de nós?” As primeiras palavras que dirigimos ao Espírito e o modo como o fazemos são de grande importância, pois podem influir no acolhimento que, em consequência, ele nos irá dar.» (11)
Se o Espírito “anda em círculos”, revelando dificuldade para expressar-se, ou se for portador de ideias fixas, é preciso auxiliá-lo. «Fazer perguntas oportunas e com interesse fraterno, chamar sua atenção para algo diferente; ou “entrar no seu tema” para, logo, puxá-lo para outros ângulos ou assuntos, descongestionando o seu campo mental.» (12)
Deve-se evitar, porém, o monólogo. As monopolizações, por parte do comunicante espiritual ou do doutrinador são sempre indesejáveis. A reunião torna-se extremamente cansativa porque ocorre dispersão mental e de fluidos. Há participantes que dormem, outros que permanecem distraídos. Não se pode dizer que houve um verdadeiro atendimento.
Pouco a pouco, o diálogo vai se desenvolvendo, a partir de uma espécie de monólogo, pois, […] é necessário deixar o Espírito falar, para que informe sobre si mesmo, o que acaba acontecendo. Muitos o fazem logo de início, dizendo prontamente a que vieram e o que pretendem. Mesmo a estes, porém, é preciso deixar falar, a fim de nos aproximarmos do âmago de seus problemas. Outros são bem mais artificiosos. Usam da ironia, fogem às perguntas, respondendo-nos com outras perguntas ou com sutis evasivas, que nada dizem. É comum tentarem envolver o grupo todo na conversa. Várias artimanhas são empregadas para esse fim. Dirigem perguntas aos demais circunstantes; dizem gracejos, para provocar o riso; tentam captar a atenção por meio de gestos e toques, nos braços ou nas mãos dos que lhes ficam mais próximos; ensaiam a indução hipnótica ou o passe magnético. Muita atenção com estes artifícios. Eles trazem em si uma sutileza perigosa e envolvente, pois constituem uma técnica de penetrar o psiquismo alheio. (8)
Em síntese:
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Deixar o Espírito falar, colhendo informações, identificando problemas e características individuais.
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Fazer perguntas esclarecedoras se necessário caso não consiga identificar o seu principal problema.
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Manter-se no foco do problema apresentado ou identificado: é a melhor forma de auxiliar.
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Ficar atento às ideias fixas que podem dificultar ou impedir o diálogo.
1.2 — Etapa intermediária: esclarecer e apoiar fraternalmente o Espírito
Assim que o doutrinador percebe a problemática do Espírito, depois escutá-lo por algum tempo, começa o esclarecimento doutrinário, propriamente dito. Destacamos alguns pontos que devem ser observados nesta fase:
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O dialogador acalma ou tranquiliza o Espírito com palavras gentis, fraternas e solidárias, envolvendo-o em fluidos reparadores, calmantes.
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O médium psicofônico deve ter cuidado para que o Espírito não o monopolize e não dê chance ao dialogador de dizer alguma coisa. Há entidades que dominam a arte da manipulação. O médium, o dialogador e o próprio grupo devem envidar esforços para controlar a situação.
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Se o Espírito se revela muito perturbado, envolvê-lo nas energias positivas do passe, da prece ou de ambos. Importa reconhecer que nem sempre o Espírito apresenta condições para estabelecer uma conversa fraterna. Às vezes necessita apenas das energias ou das vibrações do médium e dos demais participantes do grupo.
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Dialogar com bom senso, bondade, clareza, tato e firmeza, usando linguagem simples, descontraída e objetiva. Evitar o uso de “frases-feitas” ou de “chavões”. O diálogo não deve ter também a feição de preleção ou de catequese. É uma questão constrangedora essa, uma vez que os sofrimentos demonstrados pelos Espíritos em suas comunicações, podem ser semelhantes, mas jamais iguais. Assim, não é aconselhável ter uma fala-padrão para suicidas, homicidas, obsessores etc. É erro fazer generalizações nesse campo.
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A conversa fraterna deve ter como base as orientações espíritas e evangélicas. Não há necessidade de grande verbosidade, ou demonstrações de erudição. Fundamental que alie à argumentação lógica o sentimento de compaixão, amparando o comunicante, sem excessos do pieguismo nem da frieza contundente.
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O dialogador jamais deve discutir com o Espírito. «Em oportunidade alguma, polemizar, condenar ou ironizar, no contato com os irmãos infelizes da espiritualidade.» (13) Não usar palavras rudes nem gírias durante o diálogo. O tato psicológico deve ser conjugado à bondade, educação e gentileza de trato.
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É importante considerar que a conversa fraterna não beneficia apenas o Espírito comunicante. Este representa um grupo de Espíritos que se encontra em situações semelhantes, que pode estar presente à reunião ou em outros locais do Plano espiritual, acompanhando o atendimento, à distância, por meio de equipamentos instalados pelos trabalhadores da equipe espiritual. André Luiz nos informa sobre a variedade desses aparelhos: amplificadores de voz (veja o livro Obreiros da Vida Eterna, Capítulo 8); de filmagem e gravação de imagem e som e também de registro de pensamentos (E a Vida Continua, Capítulo 10); elétricos de gravação de vozes (Obreiros da Vida Eterna, Capítulo 2); radiofônico (Nosso Lar, Capítulo 23); receptor de imagens e sons (Ação e Reação, Capítulo 3); condensador ectoplásmico que reproduzem imagens mentais do Espírito comunicante (Nos Domínios da Mediunidade, Capítulo 7) etc.
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O médium psicofônico e demais participantes devem apoiar mental e fluidicamente o doutrinador, acompanhando o diálogo, ser fazer interferências de qualquer natureza.
Às vezes, os circunstantes encarnados, não bem afinados afetivamente com o doutrinador, podem introduzir perigosos fatores de desagregação no grupo, se persistirem em acompanhar mentalmente a doutrinação, com um senso crítico imprudente, imaginando o que diriam em tais circunstâncias. […] Por isso, tanto se insiste na importância da fraternidade, entendimento e compreensão entre todos os componentes do grupo encarnado. Não que o doutrinador seja infalível, perfeito, nem que esteja sempre certo e com a razão; mas ele precisará do apoio e da compreensão de seus companheiros […]. Dessa forma, alguém que não possa concordar com os métodos empregados pelo doutrinador, a ponto de tornar-se criticamente negativo, deve afastar-se do grupo. É possível, claro, que ele esteja certo, e o doutrinador errado; mas é melhor excluir-se, do que permanecer no grupo como um ponto de atrito oculto, que mina o trabalho. Se não pode ajudar, que, pelo menos, não acarrete maiores dificuldades. Se ele estiver certo, na maneira de apreciar o trabalho do doutrinador, e este não possuir, mesmo, condições para a sua tarefa, as coisas encaminhar-se-ão para um desfecho natural […]. (9)
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Nas comunicações difíceis, sobretudo nas manifestações de Espíritos mais endurecidos, o dialogador e o médium psicofônico devem impedir o Espírito de desestruturar a reunião. A conversa, ainda que fraterna, deve ser mais enérgica.
O problema da palavra enérgica é […] extremamente delicado. Se pronunciada antes da hora, no momento inoportuno, pode acarretar inconvenientes e perigos incontornáveis, pois que não podemos esquecer-nos de que os Espíritos desarvorados empenham-se, com extraordinário vigor e habilidade, em arrastar-nos para a altercação e o conflito, clima em que se sentem muito mais à vontade do que o doutrinador. […] A interferência enérgica é, pois, uma questão de oportunidade; precisa ser decidida à vista da psicologia do próprio Espírito manifestante, e da maneira sugerida pela intuição do momento. Nunca deve ir à agressividade, à irritação, à cólera, e jamais ao desafio. […] É preciso, pois, estarmos atentos e preparados para interferir com mais energia, certos de que firmeza não é estupidez, nem grosseria, e que o mais profundo amor fraterno pode e deve coexistir no mesmo impulso de exortação franca e corajosa. Precisamos saber quando dizer que eles estão errados, e por quê. Nada de gritos e murros na mesa. […] Em suma, a palavra enérgica é necessária, indispensável, mesmo, em frequentes ocasiões, porque em muitos casos é fator decisivo no despertamento do irmão aturdido; mas deve ser dosada, com extrema sensibilidade, e, o momento certo, escolhido com seguro tato. (10)
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Os dialogadores, em geral, possuem intuição que, à semelhança dos demais tipos de mediunidade, se aperfeiçoa com a prática. Os bons doutrinadores possuem desenvolvida intuição. Assim, é importante, que os médiuns esclarecedores guardem «[…] atenção no campo intuitivo, a fim de registrarem, com segurança, as sugestões e os pensamentos dos benfeitores espirituais que comandam a reunião.» (14) Essa intuição lhes permitem orientar os Espíritos necessitados, oferecendo-lhes possíveis soluções para as suas dificuldades, à luz da compreensão espírita e evangélica.
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O diálogo não deve ser longo, a não ser em casos que se revelem mais complexos. Recordemos que o trabalho maior está sendo realizado no Plano espiritual, pelos benfeitores. Lembrar igualmente que há um horário a ser observado, e que existem outros Espíritos necessitados de auxílio, aguardando a oportunidade de se comunicarem. O atendimento ao Espírito comunicante não deve ser também excessivamente curto, mesmo em se tratando de Espíritos que revelem grandes desarmonias. Deverá existir um tempo mínimo para uma prece e para o envolvimento fluídico. Oito a dez minutos é um tempo considerado razoável.
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«Sustar múltiplas manifestações psicofônicas ao mesmo tempo, no sentido de preservar a harmonia da sessão, atendendo a cada caso por sua vez, em ambiente de concórdia e serenidade. A ordem prepara o aperfeiçoamento.» (13)
1.3 — Etapa final: conclusão do atendimento
Passado o momento da argumentação doutrinária, encaminha-se para o encerramento do diálogo, propiciando o afastamento do Espírito manifestante. A entidade que foi adequadamente esclarecida afasta-se naturalmente do médium, apoiando-se nos cuidados amigos dos trabalhadores da equipe espiritual.
O doutrinador promove, então, o afastamento do Espírito comunicante, segundo a intuição captada: frases indicativas de despedida; indução ao sono; encaminhamento aos benfeitores espirituais presentes; emissão de uma prece etc. É importante que o Espírito tenha ciência de que ele será sempre bem-vindo às reuniões da Casa Espírita.
Nos casos em que o Espírito não consegue ou não quer se desligar do médium, o dialogador deve solicitar-lhe o afastamento, considerando a responsabilidade do trabalho. Deve pedir também a cooperação do médium psicofônico, orientando-o a se desligar mentalmente do comunicante. Quanto ao Espírito, prestar-lhe esclarecimento respeitoso alegando os motivos que obrigam o seu afastamento, tais como:
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O desgaste energético do médium e a consequente sobrecarga mental;
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A necessidade de outros Espíritos se comunicarem;
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A alegação de que o tempo dele se esgotou, mas que outras oportunidades surgirão;
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O fato de que o atendimento está a cargo dos benfeitores espirituais, os quais prestarão assistência mais completa.
As palavras do apóstolo João ( † ) que iniciam este Roteiro abrangem, igualmente, o diálogo com os Espíritos que comunicam numa reunião mediúnica. Essa tarefa espírita nos fazem conhecer de perto o sofrimento que acompanha os Espíritos no além-túmulo, em razão do mau uso do livre-arbítrio. São lições vivas que propiciam profundas reflexões porque tanto eles quanto nós somos almas sedentas da “água da vida”. Emmanuel nos aconselha assim:
Se atingiste o nível das grandes experiências, não te inquiete a incessante extensão do trabalho. Não enxergues inimigos nos semelhantes de entendimento imperfeito. Muitos deles não saíram ainda do jardim de infância espiritual. Dá sempre o bem pelo mal, a verdade pela mentira e o amor pela indiferença. A inexperiência e a ignorância dos corações que se iniciam na luta fazem, frequentemente, grande algazarra em torno do Espírito que procura a si mesmo. Por isso, padecerás muitas vezes aflição e desânimo. Não te perturbes, porém […]. Recorda que somente Jesus é bastante sábio e bastante forte para acalmar-te. Ouve-lhe o apelo divino, formulado nas derradeiras palavras do seu Testamento de Amor: — “Vem!” Ninguém te pode impedir o acesso à fonte da luz infinita. O Mestre é o Eterno Amigo que nos rompe as algemas e nos abre portas renovadoras… […] Jesus reserva-te os braços abertos. Vem e atende ainda hoje. É verdade que sempre alcançaste ensejos de serviço, que o Mestre sempre foi abnegado e misericordioso para contigo, mas não te esqueças de que as circunstâncias se modificam com as horas e de que nem todos os dias são iguais. (15)
Referências Bibliográficas:
1. KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução de Guillon Ribeiro. 79. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Primeira parte, Capítulo 3, item 31, p. 48.
2. Idem - Segunda parte, Capítulo 29, item 341, p. 456.
3. FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA. Orientação ao centro espírita. Organizado pela equipe da Secretaria Geral, Rio de Janeiro: FEB, 2007. Capítulo 5 (Reunião mediúnica), p. 60.
4. Idem, ibidem - p. 61.
5. Idem, ibidem - Item 6. Recomendações e observações: “e”, p. 63.
6. Idem, ibidem - Item 6. Recomendações e observações: “f”, p. 63.
7. MIRANDA, Hermínio C. Diálogo com as sombras. 22. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Parte III (O campo de trabalho), Capítulo 4 (Técnicas e recursos.), p. 208-209.
8. Idem - Item: O desenvolvimento do diálogo. Fixações. Cacoetes. Dores “físicas”. Deformações. Mutilações, p. 226-227.
9. Idem, ibidem - p. 228-229.
10. Idem, ibidem - p. 239-240.
11. OLIVEIRA, Therezinha. Reuniões mediúnicas. 1. ed. Capivari [SP]: EME, 1994. Capítulo 16 (Andamento do diálogo), p. 93.
12. Idem, ibidem - p. 94.
13. VIEIRA, Waldo. Conduta espírita. Pelo Espírito André Luiz. 30 ed. Rio de Janeiro. FEB, 2006. Capítulo24 (Perante os espíritos sofredores), p. 91.
14. XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. Desobsessão. Pelo Espírito André Luiz. 26. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Capítulo 24 (Médiuns Esclarecedores), p. 99.
15. XAVIER, Francisco Cândido. Fonte viva. Pelo Espírito Emmanuel. 34. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Capítulo 152 (Vem!), p. 373-374.