TOBIAS BARRETO de Menezes. — Chefe da chamada “Escola do Recife”,
o poeta condoreiro de Dias e Noites deixou uma obra vasta e imponente.
Para Exupero Monteiro, da Academia Sergipana de Letras, “Tobias foi
um poeta de grandezas e ternuras”, salientando que “a dúvida religiosa
foi uma das constantes da sua amargurada existência” (T. Barreto,
pág. 30). Cultura polimórfica e profunda, escreveu sobre Filosofia,
Direito, Literatura, Música, “abrindo novos caminhos à vida espiritual
do País”, no dizer de Edgard Cavalheiro. Figura de destaque na Faculdade
de Direito do Recife. Lente da Universidade Livre, de Francfort, em
1881. Patrono da cadeira nº 38, na Academia Brasileira de Letras, pertenceu,
ainda, ao Instituto Arqueológico e Geográfico Pernambucano. Esforçado
paladino da imprensa, colaborou em vários periódicos do Recife, tendo
fundado e redigido muitos outros. Orador, crítico, polemista e perfeito
conhecedor de meia dúzia de línguas, Armindo Guaraná considerou-o “o
maior dos sergipanos pelo talento e pela erudição”. (Campos, atual Tobias
Barreto, Est. de Sergipe, 7 de Junho de 1839 — Recife, Est. de Pernambuco,
26 de Junho de 1889.)
BIBLIOGRAFIA: Dias e Noites; Estudos Alemães; Discursos; etc. ( † )