Caetano PERO NETO. — Contista, romancista, e poeta do grupo dos “novíssimos”,
cursava o 5.º ano da Faculdade de Direito de S. Paulo, quando desencarnou.
Nos últimos tempos de ginásio, colaborava nos jornais de Itápolis. Depois
encetou a publicação de poesias e contos nos periódicos Álvares de
Azevedo, Tribuna Liberal, XI de Agosto, etc. Orador
oficial da Associação Acadêmica “Álvares de Azevedo”, aos 19 anos já
“era o representante intelectual do corpo discente da Faculdade” (apud
Xangô e…, pág. 12). Em 1936, foi eleito presidente da referida Associação
Acadêmica. Redigiu, com Osmar Pimentel e Mário da Silva Brito, a folha
universitária Anhanguera. Participou do movimento intelectual
da “Bandeira”, chefiado por Cassiano Ricardo e Menotti del Picchia.
Membro da Academia de Letras da Faculdade. Ulisses Guimarães (apud
Dic. Aut. Paul., página 469) disse que ele “foi um lírico, como
tal eminentemente subjetivo”. “Seus poemas,” — escreveu Dulce Salles
Cunha (Aut. Contemp. Brasileiros, pág. 229) — “em geral muito
pessoais, são quase todos isentos de senões.” (Itajobi, Est. de S. Paulo,
21 de Agosto de 1916 — S. Paulo, Est. de S. Paulo, 23 de Dezembro de
1937.)
BIBLIOGRAFIA: Xangô e Outros Poemas, obra póstuma. ( † )