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Narcisa Amália


NARCISA AMÁLIA de Campos. — Poetisa de grande formosura, cronista e tradutora. “Nas letras” — di-lo Antônio Simões dos Reis (Narcisa Amália, pág. 15) — “foi verdadeira deusa, em prosa e verso cantada, com exaltação, por tudo quanto houve de mais representativo na época.” O próprio Imperador D. Pedro II, quando em Resende, fez questão de conhecê-la pessoalmente, fato que ocorreu em 1874. Segundo Artur de Almeida Torres (Poetas de Resende, pág. 67), as poesias de Amália “se caracterizam pela delicadeza de sentimento, pela espontaneidade do estro e pela riqueza musical dos versos”. Redigiu o jornal resendense A Gazetinha, tendo colaborado em outras folhas de Resende, bem como de Niterói, Rio e S. Paulo. “Foi a primeira mulher, entre nós,” — diz Edgard Cavalheiro (Pan. II, pág. 296) — “a erguer a voz em defesa de suas irmãs de sexo, numa tentativa feminista avançada para o meio acanhado e rotineiro de então.” Depois de residir em Resende, passou para o Rio de Janeiro, onde se consagrou ao magistério, até que veio a desencarnar, cega e paralítica, com setenta e dois anos de idade. (S. João da Barra, Estado do Rio, 3 de Abril de 1852 — Rio de Janeiro, Gb, 24 de Junho de 1.924.)

BIBLIOGRAFIA: Nebulosas, poesias. ( † )


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