JÚLIA CORTINES Laxe. — “Júlia Cortines” — diz Péricles Eugênio da
Silva Ramos (Pan. III, pág. 246) — “é uma das poetisas selecionadas
por Valentim Magalhães para figurarem na parte antológica de A Literatura
Brasileira (1870-1895). Sua poesia afigura-se realmente parnasiana,
de um comedimento e boleio de frase semelhante ao de Francisca Júlia.”
É ela, segundo afirma o poeta e ensaísta Darcy Damasceno (in A Lit.
no Brasil, III, t. 1, pág. 376), quem “abre o desfile dos epígonos
parnasianos”. Sentimento, emoção, cuidado da forma, beleza expressional
e correção métrica caracterizam-lhe os poemas, levando José Veríssimo
a compará-la à célebre poetisa italiana Ada Negri (apud E. Werneck,
Ant. Brasileira, Pág. 507). (Rio Bonito, Estado do Rio, 12 de
Dezembro de 1868 — Desencarnou em 19 de Março de 1948.)
BIBLIOGRAFIA: Versos; Fragmentos; Vibrações. ( † )