INÊS SABINO Pinho Maia. — Poetisa, jornalista e romancista. Domingos
Carvalho da Silva, em sua obra Vozes Fem. da Poes. Bras., pág.
22, considerou-a merecedora de figurar num seleto grupo de poetisas
da fase pós-romântica e parnasiana. Iniciou a sua educação literária
na Inglaterra. Regressando ao Brasil ainda bem jovem, pouco depois dava
a público as suas primeiras poesias e traduzia, para o português, contos,
novelas e pequenos romances ingleses e franceses. Foi uma das escritoras
que no Nordeste, em fins do século XIX, lutou pela participação da mulher
nas lides literárias, contra um meio adverso nesse sentido. No prefácio
à sua obra Impressões, Inês Sabino Pinho Maia fez esta judiciosa
observação: “Retirem-se do manto estrelado da poesia os salpicos do
ideal, que um livro de versos não passará de um compêndio enjoativo
das verdades amargas que nos rodeiam acremente por toda a parte.” O
Jornal do Commercio, do Rio, em seu número de 14 de Setembro de
1911, destacou-lhe a “grande nobreza de sentimento”, o “espírito caridoso
e esmoler” e a real estima de que ela gozava na sociedade, “pela sua
inteligência e fina educação”. (Bahia (*), 31 de Dezembro de 1853 —
Rio de Janeiro, GB, 13 de Setembro de 1911.) — (*) Affonso Costa em
“Poetas de outro Sexo”, p. III, afirma ter ela nascido na Bahia e não
em Pernambuco.
BIBLIOGRAFIA: Ave Libertas, poemeto; Rosas Pálidas, versos (1ª Série); Impressões, versos (2ª Série); Contos e Lapidações; etc. ( † )