FRANCISCA JÚLIA da Silva. — Conquanto apresente a poesia de F. Júlia
alguns defeitos formais, é considerada a maior poetisa parnasiana, “maravilhoso
poeta, um dos mais originais do Brasil”, no dizer de Vicente de Carvalho
(citado no Pan. III, pág. 248). Versejou em importantes periódicos
de S. Paulo, e na A Semana, do Rio. João Ribeiro, Olavo Bilac,
Agrippino Grieco e até mesmo Machado de Assis teceram largos elogios
aos versos de Francisca Júlia, versos que plasmaram o ideal extremo
da beleza, segundo as palavras de Manuel Bandeira (apud Dic. Aut.
Paulistas, pág. 580). Em torno de sua desencarnação, diz Péricles
Eugênio da Silva Ramos: “O que de positivo pude apurar, ouvindo testemunhas
até oculares, foi que no dia da morte de Edmundo (Filadelfo Edmundo
Munster) a poetisa se retirou para repousar. E não mais acordou, apesar
dos esforços médicos para reanimá-la, vindo a falecer na manhã do dia
do enterro do marido.” (Poesias, pág. 21.) (Xiririca, atual Eidorado,
Est. de S. Paulo, 31 de Agosto de 1874 (1871 ?) — S. Paulo, 1º
de Novembro de 1920.)
BIBLIOGRAFIA: Mármores; Esfinges; etc. ( † )