Elisha, na Versão Autorizada do N. T. Eliseu que é uma imitação da modificação grega do nome [Deus é salvação].
Um dos dois grandes profetas do período mais antigo da história israelita que laborou no reino do norte. Residia em Abel-Meholah no vale do Jordão, e pertencia a uma família do meio rural; arava os campos de Safat, seu pai, com uma junta de doze bois. Deus designou-o sucessor de Elias (1 Rs 19.16, 19). Elias achou-o arando e lançou seu manto sobre ele. Eliseu entendeu a importância do ato; foi para casa, deu uma festa de despedida ao povo, e retornou para ser o seguidor e o assistente de Elias (19-21). Quando Elias foi além do Jordão para ser trasladado ao céu manteve Eliseu perto de si; e quando solicitado pedir um presente de partilha teve a sabedoria de pedir uma porção dupla do espírito de Elias. Ele viu a carruagem de fogo elevar ao longe seu mestre, e tomando o manto que tinha caído de Elias, golpeou o Jordão com ele, que dividiu-se e permitiu-lhe cruzar seu lado ocidental (2 Rs 2.1-18). Sua vida subsequente foi marcada por uma série de milagres, alguns relacionados ao conhecimento, outros ao poder, expressivamente feitos em nome do Senhor. Pertencem ao segundo grupo de milagres da história remissória. Ocorreram num tempo quando a religião de Jeová estava empenhada numa luta desesperada pela sobrevivência, confrontada pela adoração a Baal, e quando os milagres feitos por Elias, tinham por objetivo abonar o profeta e atestar que Jeová é o Deus vivo. O poder milagroso estava tanto sob o controle de Eliseu que parecia poder exercitá-lo aleatoriamente; e ele usou-o em grande parte, como fez o Cristo, em atos simples de bondade. Em nome do Senhor ele curou com sal as águas da fonte de Jericó (19-22). Ele amaldiçoou os rapazes que zombaram dele como profeta do Senhor, e aparecendo dois ursos rasgaram quarenta e dois deles (23-25). Ele predisse o sucesso da expedição contra Moabe (3.11-27), assegurou que o óleo da viúva aumentaria (4.1-7), predisse a uma mulher Sunamita o nascimento de um filho, e por sua oração esse filho foi restaurado à vida quando já tinha morrido (8-37). Designou um antídoto a uma planta venenosa na panela em que a comida estava sendo cozida para os profetas (38-41). Como profeta do Senhor ele alimentou uns cem homens com vinte pães de cevada e algumas espigas de milho (42-44), disse a Naamã que se lavasse no Jordão e ele foi curado da sua lepra (5.1-19), e predisse que a lepra seria transferida a Geazi como um castigo por sua mentira e cobiça (20-27). Fez um machado de ferro, que havia caído no rio, flutuar à superfície (6.1-7). Informou o rei de Israel dos movimentos e intenções do seu rival sírio (8-12). Na sua oração, o Senhor mostrou ao servente do profeta os cavalos e os carros de fogo que o cercavam para sua proteção (13-17), e causou cegueira aos emissários sírios enviados para detê-lo (17-23). Ele anunciou, sem estar informado disto, que um mensageiro do rei de Israel estava à porta para tirar-lhe a vida (6.32,33). Predisse uma grande abundância de alimentos e seu barateamento em Samaria, quando estavam a preços de fome durante um sítio; adicionando, porém, que um incrédulo senhor que havia desprezado a predição não devia participar do benefício, e ele nada fez, por ele ser pisado até a morte pela multidão (7.1-20). Informou Ben-hadad, rei da Síria, de sua morte próxima (8.7-15). Declarou a destruição de Acabe e de toda sua casa, e enviou um jovem profeta para ungir Jeú e executar o julgamento denunciado (cap. 9 a 10.28). Predisse três vitórias sobre os sírios (13.14-19). Finalmente, depois da sua morte, um homem cujo cadáver havia sido rapidamente colocado no mesmo túmulo, foi imediatamente restaurado à vida ao tocar os ossos do profeta (20,21). — (Dicionário da Bíblia de John D. Davis) ©