1 Dói observar os companheiros que renascem na Terra, em condições difíceis.
A propósito, não raro, ouvimos a indagação: “Por que assim?”
2 Uma criança repontando do berço com desequilíbrio mental ou evidenciando graves enfermidades denunciaria estranho sadismo da natureza. Sabemos, no entanto, que a Divina Providência se baseia em justiça e misericórdia. 3 É que todos aqueles que se te matriculam na escola da consanguinidade, através da reencarnação, surgem no grupo doméstico assim como estavam no Mundo Espiritual.
4 Nunca demais reafirmar que trazemos individualmente a soma de todas as realizações que já efetuamos nas múltiplas existências com que fomos favorecidos, no transcurso do tempo.
Criadores do próprio destino, temos em nós o que fazemos de nós.
5 Quando partimos do Plano Físico na direção do Plano Espiritual, se pensamentos de culpa nos obscurecem ou nos conturbam a mente, fazemo-nos portadores de inibições e desequilíbrios, sofrimentos e resgates que prescrevemos contra nós mesmos, perante a consciência onerada por débito de formação espiritual.
6 Nessas condições, embora as afeições e recursos que usufruímos na Espiritualidade, aí nos achamos queixosos e enfermiços, até que consigamos novo renascimento no qual se nos faça possível a retificação das faltas cometidas em nosso prejuízo ou em prejuízo dos outros.
7 Diante dos berços de provação, abracemos os companheiros complexos que nos batem às portas da alma, solicitando apoio e compreensão.
8 Esses irmãos que ressurgem, mostrando empeços e dificuldades na vida orgânica, não são candidatos à eutanásia, nem rebentos da árvore humana, que devam ser erradicados da estrutura doméstica. São amigos que te pedem amparo e tratamento adequado na farmácia do tempo e que contraem contigo abençoadas dívidas de amor que, futuramente, saberão resgatar.
Emmanuel