
Olá!… Meu nome é Tânia Stewart, eu moro aqui nos Estados Unidos, estou aqui pra contar pra vocês um fato que aconteceu comigo em 1995.
Eu estava lendo o livro Lindos Casos de Chico Xavier; foi o meu primeiro contato, nessa encarnação, com o grande apóstolo do amor e do bem. No final do livro onde conta fatos da vida de Chico Xavier, onde eu fiquei tão envolvida com a simplicidade e a grandiosidade dessa alma que aqui habitou entre nós, que um grande amor invadiu meu peito e eu pedi, se pudesse ser merecedora, eu gostaria de ir onde o Chico estava e dar-lhe um abraço.
Assim, com esse ardente desejo deitei-me, e desde criança tenho o hábito de viagens astrais conscientes; e, ali, no desprender do corpo físico, me vi num lugar, num parque, possivelmente ali em Minas Gerais, em Uberaba onde ele residia. E milhares de pessoas, milhares de pessoas estavam na fila conversando umas com as outras, muitas senhorinhas, pessoas já de idade, jovens, todos ali esperando para falar com o Chico. Conscientemente eu disse: “eu não teria tempo para esperar naquela grande fila, por toda noite, por todo tempo, porque o dia já estava amanhecendo e eu estava encarnada e necessitava retornar ao corpo carnal”. Perguntei se eu poderia ir pra frente onde estava o Chico Xavier, que eu gostaria de sentir, já que eu não poderia dar-lhe um abraço, que eu poderia sentir a alma dele, meditar dentro da alma dele; e assim eu fui! Sentei. Deixei pra traz muitos palavreados ali, das reclamações das nossas irmãs e eu dizia — não! Eu não tenho tempo, eu não vou entrar, eu só quero sentar e sentir a presença dele. — Quando um senhor tocou o meu ombro e perguntou: — És Tânia? — Sim! Yes! Eu estava muito surpresa [e disse:] Sim! Sou Tânia, de Caldas Novas. E ele falou: Me acompanhe que o Chico gostaria de falar contigo.
Eu fui… muito feliz, adentrei, sentei e fiquei aguardando porque tinha um casal em frente que conversava com ele, e ele de cabeça baixa não usava peruca. Eu fiquei muito surpresa pensando — poxa, aqui no Plano Espiritual, na vida real, o Chico não usa peruca; então não precisa das vaidades, daquela vaidade de usar peruca — assim foi meu pensamento, sendo honesta com vocês.
E assim, quando terminou, eu fui levada para estar ali diante daquele cenário, com móveis da época de Luís XV, né, (que chamamos aqueles móveis de Luís XV, da década de 18, 19) n e me sentei ali de frente e ele continuou escrevendo, tomando algumas notas. Assim que ele levantou a cabeça pra me olhar nos olhos e falar comigo eu fiquei muito surpresa, porque eu não estava diante do Chico que me aguardava, eu estava diante do grande codificador da Doutrina Espírita: Allan Kardec.
Até então eu não era espírita, estava lendo o livro Lindos Casos de Chico Xavier, conhecendo um pouquinho da Doutrina.
Fiquei muito surpresa! — Que honra seria aquela, estar diante do codificador da Doutrina Espírita?!… mas decepcionada! Porque gostaria de estar diante do Chico, do Chico Xavier, pra lhe dar um abraço.
E ali, falando com ele e ele falando comigo, falando de meu futuro, falando de coisas que já aconteceram, coisas que estão acontecendo, e tenho certeza, de que coisas que irão ainda acontecer no futuro; muitas coisas já materializaram, desde que era 1995 e estamos aqui hoje, dois de junho de 2020.
E…, o Allan Kardec visualizou o meu pai e falou pra mim coisas sobre o meu pai que só eu sabia; e, eu fiquei muito surpresa de saber que — como ele conhece meu pai — ele falou assim: Ah! Você é filha do Aníbal, o Aníbal Afonso. Eu falei: Sim! Sou filha dele! Ele fez comentários e me orientou, deu algumas orientações sobre aqueles momentos difíceis que eu estava passando e sobre o futuro.
E assim, eu levantei, eh!… Com um desejo muito grande ainda de abraçar o nosso querido Chico Xavier.
Quando eu me levantei ele me chamou e falou: Mas não viestes aqui para dar um abraço no Chico? Eu falei: Sim! Eu vim aqui pra abraçar o Chico! Pra agradecer o Chico! E ele abriu os braços e falou: Pois venha, dai-me aqui um abraço!
Quando ele falou assim: Dai-me aqui um abraço, já não era mais o Allan Kardec, era o nosso querido Chico Xavier. E me deu aquele abraço… aquele abraço!… que está impregnado na minh’alma até hoje e tenho certeza que o levarei comigo para onde eu for, desta, para a nova vida.
E assim, naquele abraço eu olhei pra ele assustada, porque eu estava ali diante do Allan Kardec e agora já diante do Chico Xavier, ele olhou pra mim e falou:
— Nesta encarnação não teremos a oportunidade de nos encontrarmos fisicamente, somente no Plano Astral, somente em Espírito.
E eu olhei-o assim assustada e ele falou pra mim assim:
— EU E O CHICO SOMOS UM! — E me deu outro abraço…
E eu fiquei muito feliz, muito alegre, muito agradecida.
Sinto essas vibrações até hoje! Passando… acordei com um desejo enorme de conhecê-lo pessoalmente, e dar um abraço novamente no Chico Xavier.
Tive duas viagens a Uberaba e nas duas viagens o Chico estava muito doente e não poderia me atender. Na última viagem, uma senhora da Casa da Prece me orientou a ir à casa do Chico, dizendo que eles eram muito bondosos e que às vezes eu poderia entrar e ver o Chico. E não tive permissão pra entrar. O filho dele tinha deixado algum anúncio na porta, pedindo respeito. Então eu sentei. Eu falei: onde fica o quarto do Chico? Aí me falaram né! Eu sentei na calçada da casa de frente à casa do Chico, para que eu pudesse sentir os eflúvios salutares da presença espiritual do Chico; de estar ali dentro da aura do Chico. Eu senti essa árvore frondosa que estava florida e eu senti o perfume a me afagar, as vibrações a me abraçar e ali fiquei chorando de agradecimento. Mas como o Chico e o Allan Kardec ali, me falaram que nessa encarnação que nós não iríamos nos reencontrar fisicamente, e… foi cumprido…, eu não pude dar aquele abraço, ou de estar na presença física do Chico nessa encarnação.
Tânia Stewart
[1]
Talvez, ela tenha querido dizer: “Móveis do século XVIII, XIX, estilo Luís XV.”
Assista ao vídeo originário desse capítulo: “Eu
e o Chico somos um!” — Testemunho de Tânia Stewart.