“É o tempo a apagar nossas velhas amarguras, à maneira de esponja bendita, que tudo absorve, no capítulo de nossas mágoas, afim de que a luz se nos fixe nos corações.” n
1 Minha querida mamãe, que Jesus nos guarde a fé e a esperança, para que a caridade divina encontre em nós o pouso abençoado no qual se traduza em bênçãos de alegria para a nossa jornada.
2 Dez anos passaram celeremente…
É o tempo a apagar nossas velhas amarguras, à maneira de esponja bendita, que tudo absorve, no capítulo de nossas mágoas, afim de que a luz se nos fixe nos corações.
3 Não disponho de oportunidade para escrever uma carta longa ao seu carinho, porque a noite avança e não posso dilatar-me demasiado…
Entretanto, na curta mensagem que lhe deixo em nosso caderno de santas recordações, desejo reafirmar à sua ternura que nos achamos sempre juntos no desdobramento de nossas tarefas.
4 Não tema, querida mamãe, as lutas que se desenham sempre ameaçadoras, em nosso horizonte.
Estamos acostumados a contemplar a nuvem pesada para vê-la transformar-se em chuva benéfica.
5 Ajudemos a todos, caminhando para diante, na certeza de que só o amor, a paciência e a humildade conseguem abrir-nos as portas do Céu.
6 A nossa hora ainda é de prova e sofrimento.
Satisfaçamos, consoante a vontade de Deus, aos nossos velhos compromissos, tudo fazendo para que a felicidade acompanhe os passos daqueles que se ligaram a nós dois, nas teias do destino.
7 Ivone n e Carmem Sílvia n estão sendo auxiliadas.
A senhora é nossa árvore acolhedora e nós somos as aves inquietas.
Tenha calma e auxilie-nos.
Com o tempo, receberá a colheita de sua nobre sementeira de abnegação e sacrifício.
8 Em seu espírito generoso e sensível começa uma nova criatura — uma nova consciência — o coração renovado de quem encontrou a luz divina para converter-se em claridade para todos nós.
9 Que o Senhor nos ajude a vê-la sempre forte em seu apostolado de amor e luz.
10 E abraçando ao papai e aos meninos com toda a minh’alma e agradecendo a ternura de sua lembrança carinhosa, em visitando a nossa paisagem de luta salvadora de 1941, beija-lhe as mãos e o coração o filho reconhecido, que mora, constantemente, no santuário querido do seu abençoado coração.
William
[36] Mensagem recebida em Pedro Leopoldo em 24/09/1951, véspera do aniversário de desprendimento de William, que na época completava 10 anos.