1 Mãezinha Yolanda, abençoe-me com a sua ternura de mãe.
2 Não tenho auréolas, nem enfeites de ouro para condecorar todas as nossas irmãs e irmãos do Lar Oficina e aos companheiros outros que estão aqui celebrando a Luz do Natal ou o Espírito Sublime de Jesus, nestas horas em que lhe comemoramos a vinda ao Mundo; mas tenho lágrimas de alegria para insuflar no coração de todos os presentes a felicidade que a Presença Mais Próxima de Jesus espalha em todos os corações que O Procuram.
3 A estrela, agora simbólica, da Noite Inesquecível, irradia beleza e esperança inundando-nos a todos de uma tranquilidade diferente, para que o nosso pequeno esforço na Seara do Bem ao próximo, traduzido em tarefas de amor, impila-nos à continuidade do trabalho de fraternidade a que nos empenhamos.
4 Cada coração da falange de Paz e Elevação, que se congrega em nossa reunião, recebe uma parcela da Bênção Divina que nos felicita e nos impulsiona a realizar mais, amando mais e servindo mais, em nome d Aquele Amado Amigo da Humanidade que nos contempla, louvando a Deus e as criaturas de boa vontade.
5 As palavras “Deus vos abençoe” ressoam na Terra, da mais rica mansão dos homens aos recantos mais humildes, onde se aconchegam os pequeninos, ao fulgor das estrelas que lhes penetra os barracos mais simples.
6 “Muito obrigado”, repetimos nós, os beneficiados pela Bondade Infinita do Divino Amigo e desdobramo-las sobre as vossas cabeças para que vos integre na renovação de todos os que esperam e sofrem.
7 “Muito obrigado”, reformulamos a nossa mensagem de gratidão e júbilo a todos vós, irmãs queridas e irmãos abençoados que vos unistes uns aos outros para refletir a Vida Maior, que vos envolve na plêiade de mensageiros da luz que vos partilham a realização.
8 “Muito obrigado”, pelo que fizestes e pelo que prosseguireis fazendo para diminuir a carência dos necessitados, afastar a tristeza dos tristes, acrescentar a força dos que desfalecem, criar a esperança nos desesperados, abençoar os que se julgam infelizes, acender a claridade nos que choram às sombras da ignorância, levantar os caídos da estrada humana, clarear a senda dos que integram as filas dos últimos do contexto da penúria terrestre, alentar os pais e mães que se unem no sofrimento e revigoraras crianças desamparadas!…
9 “Muito obrigado”, a todos os que algo fizeram para que o pão surgisse aos olhos dos que pensam em Deus junto dos fogões sem lume ou dos que suportam o frio da noite sob pontes abandonadas, os que se desfizeram do pouco ou do “quase nada” que possuem, para acrescentar esse ou aquele recurso dos que toleram amargura e abandono, nas garras das moléstias implacáveis e desconhecidas de qualquer medicação que as alivie, dos que pediram para dar e de quantos entregaram a si mesmos, nas chamas da abnegação, para se constituírem no auxílio aos que se perderam na desorientação e se fizeram réus do remorso e da adversidade, convertendo-se em irmãos nossos marginalizados na delinquência e na crueldade…
10 Glória a Deus nas Alturas e paz na Terra a todos os homens, sejam eles corretos ou incorretos, bons ou, ainda, carreguem o infortúnio de serem maus; 11 a todas as mulheres, irmãs e companheiras dos homens, que se dignificam pela vida de amor e devotamento aos entes que a existência lhes confiam, que conseguiram a fé em Deus para se defenderem das tentações da impiedade, da frieza ou da debilidade espiritual que ainda campeiam no mundo, 12 a todas as que souberam perdoar ultrajes e insultos de quantos rolaram na animalidade, 13 todas as que, conquanto em erro, alguma vez, se voltam para Jesus, com maiores tesouros de experiência 14 e todas, mas todas as que não se negaram ao ministério da maternidade, ainda mesmo entre lágrimas de padecimentos ferozes que só a Infinita Bondade de Deus consegue ver no escuro de tribulações provocadas por nossos irmãos que se esqueceram da própria consciência; 15 e paz a todas e a todos os companheiros que ainda não acordaram para as realidades da vida; 16 e bênçãos de paz envolvam a todas aquelas irmãs nossas que olvidaram o pranto que a vida lhes colocou nos corações e nos olhos; 17 e, igualmente, a todas que se confiaram à maternidade e a caridade, deixando para trás os espinhos que as feriram e as pedras que lhes foram atiradas pela inconsciência das criaturas que não lhes puderam ver a dor e a dificuldade que lhes obstruíram os caminhos para a vida melhor…
18 Natal de Jesus é a presença do Cristo em todos os lugares da Terra, especialmente nos lugares onde alguém chora sob o látego dos sofrimentos desconhecidos!
19 Que a Paz de Jesus nos reúna a todos no mesmo trabalho de elevação!…
20 Mãezinha Yolanda, aqui termino o que nossos Mentores me ditaram para que eu possa dizer-lhes a todos do nosso júbilo e da nossa gratidão.
Nossas saudações a todos os que nos auxiliaram a obter a felicidade desta hora.
21 Em nossa Wanda e em nossa Ritinha, agradeço a todos os que nos partilham a vida e, finalmente, a todas irmãs e a todos os irmãos aqui reunidos, Feliz Natal a todos e que o Amado Jesus nos abençoe.
22 Muitos beijos aquecidos no amor imenso de seu filho do coração,
Augusto Cezar
(Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, em 17 de dezembro de 1992, em Uberaba, Minas.)
ESCLARECIMENTOS
Augusto Cezar Netto, nascido em São Paulo, Capital, a 27/09/1942 e desencarnado em Praia Grande, SP, a 27/02/1968, era um jovem químico industrial. Suas primeiras mensagens, recebidas pelo médium Chico Xavier, foram publicadas nas obras: “Entre duas vidas” (CEC), “Jovens no Além” (GEEM) e “Somos seis” (GEEM), de Autores Espirituais Diversos. A partir de 1978, passou a escrever belos livros de sua exclusiva autoria, igualmente pelo médium Xavier, intitulados: “Falou e disse”, “Presença de luz” e “Fotos da vida”, edições GEEM.
Pais: Raul Cezar e Yolanda Cezar, residentes em São Paulo, SP, à Rua Marcos Lopes, 204. Vila Nova Conceição. CEP. 04513-080.
Lar Oficina Augusto Cezar: instituição assistencial espírita fundada e dirigida por D. Yolanda Cezar, em São Paulo.
Presentes à reunião íntima:
Wanda: Wanda Brasaventi, prima.
Ritinha: Rita de Cássia Toscano Saltini, sobrinha.