“Coragem, amigos, o Cristo é o vosso modelo; ele sofreu mais que qualquer de vós e não tinha nada a se censurar, enquanto que vós tendes vosso passado e expiar e vos fortalecer para o futuro. Sede, pois, pacientes, sede cristãos, essa palavra encerra tudo.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Edição IDE, Cap. IX, item 7).
A Escola da Vida continua nos ensinando que se aqui estamos é para aprender.
Enfim, somos tão pouco evoluídos que clamamos contra tudo e contra todos, esquecendo-nos de perguntar: “E o que deixamos de cumprir no pretérito?”
Sabedores que somos de que Deus está conosco, às vezes, ainda tememos estar sós.
Como confirma nosso querido filho, o caminho para a elevação é o sofrimento e temos que aceitar tudo sem reclamar, agradecendo, mesmo, por tanta misericórdia derramada do Mais Alto, em nosso favor.
Na carta que vem, em seguida, conversando, espiritualmente, com Laurinho, encontrava-me perdida no meio de aborrecimentos familiares, desses que toda família os tem. Pedi, então, orientação a ele e recebi o recado de que não há remédio mais curativo que a resignação e o trabalho. As virtudes, principalmente a paciência, é maravilhosa, só que nossa tão pequena capacidade perante a grandiosidade de Deus, nos faz transgredi-la.
Queridas mães, só nós sabemos o significado do que abraçamos ao dedicarmos nossos corações a todos os nossos filhos.
Se a vida de hoje nos impõe mais sacrifícios, somos mães e não devemos nos desesperar. Os que partiram estão a salvo, trabalhando, desesperadamente, pela causa do bem.
Que os mentores espirituais conduzam esses batalhadores do Além e que Jesus os abençoe a todos.
Agora, aos que permanecem sob nossos cuidados, cooperemos com Jesus para que não fiquem relegados aos desatinos deste mundo. Mesmo que cada qual tenha o seu livre arbítrio, imploremos ao Plano Superior que indique o caminho certo, com Jesus.
Nos é dada a oportunidade de desviar nossos filhos das propensões ao erro e, se conseguirmos isso, a felicidade e o mérito serão nossos.
Criaturas extremamente imperfeitas que somos, estamos longe de possuir aquele amor puro e, por sermos assim, sempre exigimos mais do que doamos.
Mãe, como sinônimo de sacrifício, como nos diz Laurinho, desculpará, tantas vezes quantas forem necessárias a agressividade e faltas de todos, mas não devemos permitir que essas atitudes se transformem em subserviência, fraqueza e falsa pena. Se isso acontecer, seremos culpadas pela irresponsabilidade total daquilo que assumimos para com aqueles que nos foram confiados, por empréstimo.
Conscientes de nossa missão de mãe, desse trabalho sublime que nos purifica, tentaremos iluminar o caminho de nossos filhos, através dos ensinamentos cristãos, vendo o exemplo da mãe de Jesus.
Se falharmos em nossa missão, esses filhos estarão comprometidos, por toda a vida, tanto física, mental, como espiritualmente, e será muito difícil a restauração desse equilíbrio.
Não menosprezemos nossa oportunidade de evolução, conscientes de que o caminho do sucesso é aquele mesmo que Laurinho se refere: o sacrifício.
Priscilla Pereira da Silva Basile