11 Abre, ó Líbano, as tuas portas, e como o fogo os teus cedros.
2 Uiva, ó faia, porque os cedros caíram, porque os mais elevados foram destruídos! Uivai, ó carvalhos de Basan, porque o forte bosque foi cortado.
3 Parece-me que estou ouvindo a voz dos uivos dos pastores, porque toda a sua grandeza foi destruída; a voz dos rugidos dos leões, porque a soberba do Jordão foi aniquilada.
4 Isto diz o Senhor meu Deus: Apascenta estas rezes destinadas para o matadouro.
5 As quais matavam os que as possuíam, e disso se não magoavam, e as vendiam dizendo: Bendito o Senhor, nós nos fizemos ricos; e assim os seus próprios pastores lhes não perdoavam.
6 Eu pois não perdoarei mais aos habitantes desta terra, diz o Senhor, eis aqui estou eu que entregarei os homens, cada um nas mãos do seu vizinho, e nas mãos do seu rei; e arruinarão a terra, e eu os não livrarei da mão deles.
7 E por isso, ó pobres do rebanho, eu apascentarei as rezes destinadas para o matadouro; então tomei eu dois cajados, a um dos quais chamei a Formosura, e a outro chamei o Cordel; e levei a pascer o rebanho.
8 E cortei três pastores num mês, e a mim se me apertou a alma a respeito deles; porque também a sua alma me foi inconstante.
9 E eu disse: Eu vos não apascentarei; o que morre, morra; e o que se corta, corte-se; e os que escaparam da matança, devorem cada um a carne do seu vizinho.
10 Eu então tomei o meu cajado, que se chamava a Formosura, e quebrei-o para assim desfazer o meu concerto, que tinha feito com todos os povos.
11 Naquele dia pois foi anulado esse concerto; e os pobres do rebanho que me guardam fidelidade, reconheceram que isto é palavra do Senhor.
12 E eu lhes disse: Se parece bem aos vossos olhos, dai-me a recompensa que me é devida; e senão, deixai-vos disso. Então me pagaram eles pelo meu salário trinta moedas de prata.
13 E o Senhor me disse: Arroja ao estatuário esse dinheiro, essa bela soma, que eles creram que eu valia, quando me puseram em preço. E tomei as trinta moedas de prata; e as lancei na casa do Senhor para o estatuário.
14 Então quebrei eu o meu segundo cajado, que se chamava o Cordel, para dissolver a fraternidade entre Judá e Israel.
15 E o Senhor me disse: Toma ainda os sinais de um pastor insensato.
16 Porque eis-aí vou eu a suscitar na terra um pastor que não visitará as ovelhas abandonadas, que não buscará as que se desgarrarem, e que não curará as doentes, e que não sustentará as que estão sãs, mas que comerá a carne das gordas, e quebrará as unhas delas.
17 Ó pastor, e ó ídolo, que abandona o rebanho; a espada cairá sobre o seu braço, e sobre o seu olho direito; o seu braço se mirrará da secura, e o seu olho direito coberto de trevas se escurecerá.
Há imagens desse capítulo, visualizadas através do Google - Pesquisa de livros, nas seguintes bíblias: Padre Antonio Pereira de Figueiredo edição de 1828 | Padre João Ferreira A. d’Almeida, edição de 1850 | A bíblia em francês de Isaac-Louis Le Maistre de Sacy, da qual se serviu Allan Kardec na Codificação. Veja também: Hebrew - English Bible — JPS 1917 Edition; La Bible bilingue Hébreu - Français — “Bible du Rabbinat”, selon le texte original de 1899; Parallel Hebrew Old Testament by John Hurt.