3 Ai de ti, cidade de sangues, toda cheia de mentiras e de estragos; não se apartará de ti a rapina.
2 Ouvir-se-á em ti o sonido dos azorragues, e o estrépito do ímpeto das rodas, e dos cavalos que relincham, e das carroças ferventes pela agitação, e da cavalaria que avança;
3 E das reluzentes espadas, e das fulgurantes lanças, e da multidão de mortos, e do grande estrago; não têm fim os cadáveres, e cairão os corpos uns sobre os outros.
4 Tudo isto pela multidão das fornicações de uma meretriz formosa, e engraçada, e que tem encantamentos, que vendeu as gentes pelas suas fornicações, e as famílias pelos seus malefícios.
5 Eis-me aqui contra ti, diz o Senhor dos exércitos, e eu descobrirei na tua face o que em ti deve estar escondido, e exporei a tua nudez às gentes, e aos reinos a tua ignomínia.
6 E lançarei sobre ti as tuas abominações, e te cobrirei de afrontas, e te porei por escarmento.
7 E acontecerá; todo o que te vir, saltará para trás retirando-se de ti, e dirá: Nínive está destruída; quem moverá a cabeça sobre ti? Aonde te irei buscar um consolador?
8 Porventura és tu mais considerável do que Alexandria, tão cheia de povos, que tem o seu assento entre os rios? Correm as águas em torno dela; cujas riquezas são o mar; as águas as suas muralhas.
9 A Etiópia era a sua força, como também o Egito, que não tem fim; a África e a Líbia te foram de socorro.
10 Isto não obstante, essa mesma foi levada cativa para uma terra estranha; os seus pequeninos foram machucados no topo de todas as ruas, e sobre os nobres dela deitaram sortes, e todos os seus grandes senhores foram carregados de ferros.
11 Também tu pois serás embriagada, e cairás em vilipêndio; e tu pedirás socorro ao teu inimigo.
12 Todas as tuas fortificações serão como a figueira com os seus primeiros figos; se se sacudirem, cairão na boca do que os come.
13 Eis-aí que o teu povo é como mulheres no meio de ti; as portas da tua terra se abrirão de par em par aos teus inimigos, e o fogo devorará as tuas trancas.
14 Tira água, para te preparares para o cerco, repara as tuas fortificações; mete-te no barro, e pisa-o aos pés, amassa-o para fazeres ladrilhos.
15 Ali te consumirá o fogo; tu perecerás à espada; ela te devorará como o brugo [pulgão]; ajunta-te como uma nuvem de brugos; multiplica-te em enxames como gafanhotos.
16 Tu fizeste as tuas negociações em maior número do que são as estrelas do céu; o brugo espalhou-se, e depois se foi voando.
17 Os teus guardas são como gafanhotos, e os teus pequeninos são como os gafanhotinhos, que param sobre as sebes em tempo de frio; assim que o sol nasceu logo voaram, e não se achou mais o lugar onde eles tenham estado.
18 Os teus pastores, ó rei Assur, dormitaram; os príncipes serão sepultados; o teu povo foi-se esconder nos montes, e não há quem o ajunte.
19 A tua destruição não está oculta, a tua chaga é muito maligna; todos os que ouviram a tua fama bateram as palmas sobre ti; porque sobre quem não passou sempre a tua malícia?
Há imagens desse capítulo, visualizadas através do Google - Pesquisa de livros, nas seguintes bíblias: Padre Antonio Pereira de Figueiredo edição de 1828 | Padre João Ferreira A. d’Almeida, edição de 1850 | A bíblia em francês de Isaac-Louis Le Maistre de Sacy, da qual se serviu Allan Kardec na Codificação. Veja também: Hebrew - English Bible — JPS 1917 Edition; La Bible bilingue Hébreu - Français — “Bible du Rabbinat”, selon le texte original de 1899; Parallel Hebrew Old Testament by John Hurt.