57 O justo perece, e não há quem considere no seu coração; e os homens compassivos são recolhidos, porque não há quem tenha inteligência, pois foi recolhido o justo à vista da malícia.
2 Venha a paz, descanse do seu leito aquele que andou na sua retidão.
3 Vós porém vinde cá, filhos duma agoureira; linhagem dum adúltero, e duma prostituta.
4 De quem fizestes vós escárnio? Contra quem abristes a boca, e deitastes a língua fora? Porventura não sois vós uns filhos malvados, uma geração bastarda?
5 Vós que buscais a vossa consolação nos deuses, debaixo de todo o arvoredo frondoso, sacrificando-lhes os vossos tenros filhinhos nas torrentes, debaixo dos rochedos sobranceiros?
6 Nas partes da torrente está a tua parte, esta é a tua sorte; e em honra desses mesmos ídolos derramaste a tua libação, ofereceste o teu sacrifício. Não me hei de eu então indignar à vista destas coisas?
7 Tu puseste o teu leito sobre um alto e elevado monte, e lá subiste para imolares hóstias.
8 E detrás da porta, e atrás da ombreira puseste o teu monumento; porque ao pé de mim te descobriste, e recebeste ao adúltero; alargaste o teu leito, e com ele fizeste concerto; amaste o estrado deles com a mão aberta.
9 E te adornaste para o rei com unguentos, e multiplicaste as tuas confeições cheirosas. Enviaste os teus embaixadores longe, e foste abatida até os infernos.
10 Tu te fatigaste na multidão dos teus caminhos; não disseste: Cessarei. Achaste de que viver pelo trabalho das tuas mãos, por isso não me fizeste rogativas.
11 Por que princípio temeste tu cuidadosa, pois me faltaste à fé devida, e não te lembraste de mim, nem pensaste no teu coração? Porque eu estava calado, e como quem não via, por isso te esqueceste de mim.
12 Eu publicarei a tua justiça, e não te aproveitarão as tuas obras.
13 Quando tu clamares, livrem-te os que tu tens ajuntado, e a todos eles levará o vento, arrebatá-los-á a viração; mas o que tem confiança em mim, herdará a terra, e possuirá o meu santo monte.
14 E direi: Fazei caminho, dai lugar, desviai-vos da vereda, tirai os tropeços do caminho do meu povo.
15 Porque isto diz o excelso, e o sublime que habita na eternidade; e o seu santo nome habita nas Alturas e no santuário, e com o contrito e humilde de espírito; para que dê vida ao espírito dos humildes, e vivifique o coração dos contritos.
16 Porque eu não pleitearei eternamente nem me agastarei até o fim; porque sairá da minha face o espírito, e eu farei os assopros.
17 Eu me agastei por causa da iniquidade da sua avareza, e o feri; escondi de ti a minha face, e me indignei; e ele se foi andando vagabundo no caminho do seu coração.
18 Eu vi os seus caminhos, e o sarei, e o reduzi, e lhe dei consolações a ele mesmo, e aos que o choravam.
19 Criei a paz fruto dos lábios, a paz para aquele que está longe, e para o que está perto, disse o Senhor, e o sarei.
20 Os ímpios porém são como um mar agitado, que não pode acalmar, e com o próprio rolo vem as suas ondas a quebrar na praia e fazer lodo.
21 Não há paz para os ímpios, diz o Senhor Deus.
Há imagens desse capítulo, visualizadas através do Google - Pesquisa de livros, nas seguintes bíblias: Padre Antonio Pereira de Figueiredo edição de 1828 | Padre João Ferreira A. d’Almeida, edição de 1850 | A bíblia em francês de Isaac-Louis Le Maistre de Sacy, da qual se serviu Allan Kardec na Codificação. Veja também: Hebrew - English Bible — JPS 1917 Edition; La Bible bilingue Hébreu - Français — “Bible du Rabbinat”, selon le texte original de 1899; Parallel Hebrew Old Testament by John Hurt.