43 Depois me levou ele à porta, que olhava para o caminho do oriente.
2 E eis que entrava a glória do Deus de Israel pela banda do oriente; e o ruído que ela fazia era semelhante ao ruído das grandes águas, e a terra estava resplandecente pela presença da sua majestade.
3 E visão que eu então tive, era semelhante à que eu tinha tido, quando ele veio para perder a cidade; e ele me apareceu na mesma forma em que eu o tinha visto junto ao rio Cobar; e eu caí sobre o meu rosto.
4 E a majestade do Senhor entrou no templo pela banda da porta, que olhava para o oriente.
5 E o Espírito me levantou, e ele me introduziu no átrio interior; e eis que a casa estava cheia da glória do Senhor.
6 Então o ouvi eu falando-me de dentro da casa, e o homem que estava ao pé de mim,
7 Me disse: Filho do homem, este é o lugar do meu trono, e o lugar das plantas dos meus pés, onde eu habito para sempre no meio dos filhos de Israel; e os da casa de Israel não profanarão mais para o futuro o meu santo nome, nem eles, nem os seus reis, pelas suas fornicações, e pelos sepulcros dos seus reis, e pelos seus altos.
8 Eles fizeram a sua porta ao pé da minha porta, e os postes; e havia um muro entre mim e eles; e profanaram o meu santo nome pelas abominações que cometeram. Por isso eu os consumi na minha ira.
9 Agora pois deitem eles para longe de si a sua fornicação, e para longe de mim os sepulcros dos seus reis; e eu habitarei sempre no meio deles.
10 Tu porém, filho do homem, mostra o templo à casa de Israel, para que eles se confundam das suas iniquidades, e meçam toda a sua fábrica;
11 E se envergonhem de tudo o que fizeram. Mostra-lhes a figura da casa, e as saídas, e entradas da sua fábrica, e toda a sua traça, e todos os preceitos acerca dela, e toda a sua ordem, e todas as suas leis, e tudo isto escreverás diante de seus olhos; para que guardem todos os seus desenhos, e os seus preceitos, e os cumpram.
12 Esta é a lei que se deve guardar no edificar da casa sobre o cume do monte; todo o seu termo em roda é santíssimo; esta é pois a lei que se deve observar no edificar desta casa.
13 Ora estas são as medidas do altar medindo-o com um verdadeiríssimo côvado, que tinha um côvado e um palmo; o seu seio era de um côvado, e de um côvado era também a sua largura, e o seu remate até à borda, e por todo o circuito, era de um palmo; esta era também a cova do altar.
14 E do seio da terra até à última margem havia dois côvados de altura, e a largura era de um côvado. E desta margem que era a mais pequena, até à outra margem que era a maior, havia quatro côvados, e a sua largura era também de um côvado.
15 O ariel n mesmo porém tinha quatro côvados; e do ariel até acima se levantavam quatro cornos.
16 E o ariel tinha doze côvados de comprido, e doze côvados de largo; assim ele era quadrangular, tendo as seus lados iguais.
17 E a sua margem era de catorze côvados de comprido, e de catorze côvados de largo, medindo os seus quatro lados de um ângulo a outro; e a coroa que dominava tudo em roda dele, saía fora meio côvado, e o seu seio era de um côvado em roda; os seus degraus porém estavam virados para o oriente.
18 E o homem me disse: Filho do homem, isto diz o Senhor Deus: Estas são as cerimônias que se devem observar a respeito do altar sempre que ele for edificado; para que sobre ele se ofereça o holocausto, e se derrame o sangue.
19 E tu darás as vítimas aos sacerdotes, e aos levitas, que são da linhagem de Sadoc, que se chegam ao meu altar, diz o Senhor Deus, para que eles me sacrifiquem um novilho da manada pelo pecado.
20 E tomando do sangue desse novilho, po-lo-ás sobre os quatro cornos do altar, e sobre os quatro cantos da sua margem, e sobre a coroa por toda a roda; e purificá-lo-ás e expiarás.
21 Depois tomarás o novilho, que tiver sido oferecido pelo pecado; e queimá-lo-ás num lugar da casa todo separado, fora do santuário.
22 E no segundo dia oferecerás pelo pecada um bode novo que não tenha mancha; e purificarão o altar, como já o purificaram com o novilho.
23 E depois que tiveres acabado de o purificar, oferecerás um novilho da manada que não tenha mancha, e um carneiro do rebanho que também não tenha mancha.
24 E oferecê-los-ás na presença do Senhor; e os sacerdotes deitarão sal sobre eles, e os oferecerão em holocausto ao Senhor.
25 Sete dias a fio oferecerás cada dia um bode pelo pecado; e da mesma sorte oferecerão um novilho da manada, e um carneiro dos rebanhos que não tenham mancha.
26 Por sete dias expiarão o altar, e o purificarão; e encherão as suas mãos.
27 E cumpridos que forem os sete dias, ao oitavo dia e nos seguintes, oferecerão os sacerdotes os vossos holocaustos sobre o altar, e as hóstias que oferecem pela paz; e eu me reconciliarei convosco, diz o Senhor Deus.
[1] Ariel: Nome de um anjo que se interpreta como leão de Deus . Leve diferença na forma original da palavra daria o sentido de fornalha do altar. Nome de Jerusalém Is 29.1,2 . Orig. hebraica.
Há imagens desse capítulo, visualizadas através do Google - Pesquisa de livros, nas seguintes bíblias: Padre Antonio Pereira de Figueiredo edição de 1828 | Padre João Ferreira A. d’Almeida, edição de 1850 | A bíblia em francês de Isaac-Louis Le Maistre de Sacy, da qual se serviu Allan Kardec na Codificação. Veja também: Hebrew - English Bible — JPS 1917 Edition; La Bible bilingue Hébreu - Français — “Bible du Rabbinat”, selon le texte original de 1899; Parallel Hebrew Old Testament by John Hurt.