9 Tornou o Senhor a dizer o Moisés: Entra a Faraó, e dize-lhe: Isto diz o Senhor Deus dos Hebreus: Deixa ir o meu povo a fazer-me sacrifícios.
2 Porque se o recusas fazer, e os reténs ainda,
3 Eis será a minha mão sobre os teus campos, e virá uma pestilência muito grave sobre os cavalos, jumentos, camelos, bois, e ovelhas.
4 E o Senhor fará a maravilha de separar o que pertence aos filhos de Israel, do que pertence aos Egípcios; de sorte que não pereça absolutamente nada do que pertence aos filhos de Israel.
5 O mesmo Senhor determinou o tempo, dizendo: Amanhã fará o Senhor este prodígio.
6 Ao outro dia pois fez o Senhor o que tinha dito; todos os animais dos Egípcios morreram, e não pereceu nem um dos que eram dos filhos de Israel.
7 Mandou Faraó ver; e achou-se que nada do que possuíam os filhos de Israel estava morto.
8 Então disse o Senhor a Moisés e a Arão: Tomai mãos cheias de cinza da chaminé, e Moisés a lance ao ar diante de Faraó;
9 e haja pó sobre toda a terra do Egito, porque haverá nos homens e nos animais úlceras e tumores por toda a terra do Egito.
10 E tomaram a cinza da chaminé, e se puseram diante de Faraó, e Moisés a lançou ao ar, e se formaram úlceras e tumores nos homens e nos animais.
11 Nem os mágicos podiam ter-se diante de Moisés, por causa das úlceras, que lhes tinham sobrevindo e a toda a terra do Egito.
12 E o Senhor endureceu o coração de Faraó, e não os ouviu, como o Senhor havia dito a Moisés.
13 Tornou o Senhor a dizer a Moisés: Levante-te pela manhã, e apresenta-te diante de Faraó, e dize-lhe: Isto diz o Senhor Deus dos Hebreus: Deixa ir o meu povo, para que me faça sacrifícios.
14 Porque desta vez farei eu cair todas as minhas pragas sobre o teu coração, sobre os teus servos e sobre o teu povo, para que saibas que não há quem seja semelhante a mim em toda a terra.
15 Agora pois estenderei eu a minha mão, e te ferirei de peste a ti e ao teu povo, e tu perecerás da terra.
16 Porque eu para isso te pus, para que em ti se desse bem a ver a minha fortaleza, e para que o meu nome se fizesse conhecido em toda a terra.
17 Ainda reténs o meu povo; e o não queres deixar ir?
18 Pois sabe que amanhã a esta mesma hora farei eu chover uma horrível quantidade de pedra, qual se não viu nunca no Egito, desde que ele foi fundado até o dia de hoje.
19 Manda portanto logo e já, e ajunta os teus jumentos, e tudo o que tens no campo, porque homens e animais e tudo o que se achar fora, ou se não recolher dos campos e cair sobre eles a pedra, morrerão.
20 Aqueles dos servos de Faraó, que temeram a palavra do Senhor, fizeram retirar os seus servos e animais para as casas;
21 Aqueles porém que desprezaram a palavra do Senhor, deixaram ficar os seus servos e animais nos campos.
22 Então disse o Senhor a Moisés: Estende a tua mão para o céu, para que chova pedra em todo o Egito sobre homens, sobre animais e sobre toda a erva do campo.
23 E estendeu Moisés a sua vara para o céu, e o Senhor despediu trovões, pedra e raios, que se espalhavam sobre a terra; e fez o Senhor chover pedra sobre a terra do Egito.
24 E a pedra e o fogo caíam a um mesmo tempo misturados; e foi esta pedra duma tal grandeza, que nunca antes se tinha visto outra semelhante em toda a terra do Egito, desde que esta nação foi estabelecida.
25 Em toda a terra do Egito matou a pedra tudo o que se achou nos campos, desde os homens até aos animais, e queimou toda a erva do campo, e destroçou todas as árvores da região.
26 Só na terra de Gessen, onde estavam os filhos de Israel, não caiu pedra.
27 E mandou Faraó chamar a Moisés e a Arão, e lhes disse: Eu pequei ainda desta vez. O Senhor é justo; eu e o meu povo somos ímpios.
28 Orai ao Senhor, para que cessem os trovões de Deus, e a chuva de pedra, para que eu vos deixe ir, e não permaneçais mais aqui.
29 Moisés lhe respondeu: Depois que eu tiver saído da cidade, estenderei as minhas mãos para o Senhor, e cessarão os trovões, e não choverá mais pedra, para que saibas que a terra é do Senhor.
30 Mas eu sei que tu e os teus servos ainda não temem ao Senhor Deus.
31 O linho pois e a cevada perderam-se; porque a cevada já tinha lançado a sua espiga, e o linho começava a deitar folhelho.
32 O trigo porém e o farro [frumento, cereal] não receberam dano, porque eram seródios.
33 Moisés, depois que deixou a Faraó, e saiu da cidade, levantou as mãos ao Senhor, e cessaram os trovões e a pedra, e não caiu mais uma gota d’água sobre a terra.
34 Mas Faraó vendo que tinham cessado a chuva, a pedra e os trovões, aumentou ainda o seu pecado.
35 O seu coração e o de seus servos se tornou ainda mais pesado, e ainda mais endurecido; e ele não deixou sair os filhos de Israel, como o Senhor tinha mandado por mão de Moisés.
Há imagens desse capítulo, visualizadas através do Google - Pesquisa de livros, nas seguintes bíblias: Padre Antonio Pereira de Figueiredo edição de 1828 | Padre João Ferreira A. d’Almeida, edição de 1850 | A bíblia em francês de Isaac-Louis Le Maistre de Sacy, da qual se serviu Allan Kardec na Codificação. Veja também: Hebrew - English Bible — JPS 1917 Edition; La Bible bilingue Hébreu - Français — “Bible du Rabbinat”, selon le texte original de 1899; Parallel Hebrew Old Testament by John Hurt.