8 A sabedoria do homem reluz no seu rosto, e o Todo-Poderoso mudará a sua face.
2 Quanto a mim observo a boca do rei, e os preceitos que Deus pôs com juramento.
3 Não te apresses a sair de diante da sua face, e não permaneças na obra má; porque ele fará tudo o que quiser;
4 E a sua palavra é cheia de poder; e ninguém lhe pode dizer: Por que fazes isto assim?
5 Aquele que guarda o preceito, não experimentará mal algum. O coração do sábio conhece o que deve responder e em que tempo.
6 Todas as coisas têm seu tempo e a sua oportunidade, e é muita a aflição do homem;
7 Porque ignora as coisas passadas e por nenhum mensageiro pode saber as futuras.
8 Não está na mão do homem impedir que o espírito deixe o corpo, nem ele tem poder sobre o dia da morte, nem se lhe dão tréguas na guerra que o ameaça, nem ao ímpio salvará a sua impiedade.
9 Todas estas coisas considerei eu, e apliquei o meu coração a discernir todas as obras, que se fazem debaixo do sol. Algumas vezes tem um homem domínio sobre outro homem para desgraça sua.
10 Eu vi os ímpios sepultados; os quais também ainda quando viviam, estavam no lugar santo, e eram louvados na cidade, como se as suas obras tivessem sido justas. Mas também isto é vaidade.
11 Porquanto o não se proferir logo sentença contra os maus, é causa de cometerem os filhos dos homens crimes sem temor algum.
12 Contudo por isso mesmo que o pecador comete cem vezes o mal, e é tolerado com paciência, tenho eu conhecido que serão bem sucedidos os tementes a Deus, que respeitam a sua face.
13 Mal o haja o ímpio, nem sejam prolongados os dias da sua vida, mas como sombra passem os que não temem a face do Senhor.
14 Ainda se acha outra vaidade, que sucede sobre a terra; há justos, aos quais provêm males, como se eles tivessem feito obras de ímpios, e há ímpios que vivem tão seguros como se tivessem feito ações de justos. Mas eu creio que também isto é uma coisa mui vã.
15 Portanto louvei a alegria, visto não ter o homem debaixo do sol outro bem, senão comer, e beber, e folgar; e poder levar consigo isto só do seu trabalho que aturou nos dias da sua vida, os quais Deus lhe deu debaixo do sol.
16 E apliquei o meu coração a conhecer a sabedoria, e a notar a distração que vagueia na terra; homem há, que nem de dia, nem de noite concilia sono a seus olhos,
17 E vim a entender que o homem não podia achar razão alguma de todas aquelas obras de Deus que se fazem debaixo do sol; pois quanto mais trabalhar pela descobrir, tanto menos a achará; ainda que o mesmo sábio diga que a conhece, ele a não poderá achar.
Há imagens desse capítulo, visualizadas através do Google - Pesquisa de livros, nas seguintes bíblias: Padre Antonio Pereira de Figueiredo edição de 1828 | Padre João Ferreira A. d’Almeida, edição de 1850 | A bíblia em francês de Isaac-Louis Le Maistre de Sacy, da qual se serviu Allan Kardec na Codificação. Veja também: Hebrew - English Bible — JPS 1917 Edition; La Bible bilingue Hébreu - Français — “Bible du Rabbinat”, selon le texte original de 1899; Parallel Hebrew Old Testament by John Hurt.