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EPM — Estudo e Prática da Mediunidade

PROGRAMA I — MÓDULO DE ESTUDO Nº I
PRÁTICA

Exercícios sobre prece


Objetivos específicos: Identificar a importância da prece, no início e no término de uma reunião espírita. Exercitar a maneira correta e orar.




O exercício da prece visa a conduzir o participante a incorporar em sua formação doutrinária o hábito salutar de orar, não apenas nas reuniões espíritas, mas em todos os momentos da sua vida.

Para que ele aprenda a orar, segundo a orientação do Espiritismo, o exercício pode ser assim conduzido:


1º) Na primeira aula deste Módulo, devem ser dadas explicações gerais sobre a prece e sobre a maneira correta de orar.

2º) Em todas as reuniões deste programa, a partir desta primeira aula, os integrantes da reunião terão a oportunidade de exercitar a maneira correta de orar.

3º) É importante a participação de todos nos exercícios, a fim de que aprendam a vencer as inibições naturais e se habituem a orar em público.



ANEXO


Estudo e Prática da Mediunidade

Programa I — Módulo de Estudo nº 1

Prática: Conduta Espírita


PRECE: IMPORTÂNCIA, BENEFÍCIOS E MANEIRA CORRETA DE ORAR


Rever, se necessário, o roteiro 4 deste Módulo.


SUGESTÕES DE EXERCÍCIOS


1. A prece do publicano e do fariseu (Lucas, 18. 9-14). A maneira correta de orar


Também disse esta parábola a alguns que punham confiança em si mesmos, como sendo justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo para orar, um era fariseu, publicano o outro. — O fariseu, conservando-se de pé, orava assim, consigo mesmo: Meu Deus, rendo-vos graças por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, nem mesmo como este publicano. Jejuo duas vezes na semana; dou o dízimo de tudo o que possuo. O publicano, ao contrário, conservando-se afastado, não ousara, sequer, erguer os olhos ao céu; mas, batia no peito, dizendo: Meu Deus, tem piedade de mim, que sou pecador. Declaro-vos que este voltou para a sua casa, justificado, e o outro não; porquanto, aquele que se eleva será rebaixado e aquele que se humilha será elevado.


Roteiro:

  • Entregar aos participantes cópias da passagem evangélica para leitura.

  • Propor troca de ideias, em plenária, analisando a postura orgulhosa e vaidosa do fariseu e a posição humilde e reverente do publicano, perante Deus.

  • Correlacionar a mensagem do texto evangélico com a maneira correta de orar, segundo o Espiritismo.

2. A prece de Francisco de Assis. Importância da prece e a maneira correta de orar.

Senhor!

Fazei-me um instrumento de vossa paz.

Onde houver ódio que eu leve o amor;

Onde houver ofensas que eu leve o perdão;

Onde houver discórdia que eu leve a união;

Onde houver dúvidas que eu leve a fé.

Onde houver erros que eu leve a verdade;

Onde houver desespero que eu leve á esperança

Onde houver tristeza que eu leve a alegria;

Onde houver trevas que eu leve a luz.


Oh Mestre!

Fazei com que eu procure mais

Consolar que ser consolado,

Compreender que ser compreendido,

Amar que ser amado.

Pois é dando, que se recebe,

É perdoando, que se é perdoado,

E é morrendo que se vive para a Vida Eterna…

Roteiro:

  • Projetar a prece de Francisco de Assis, lendo-a em voz alta.

  • Promover a troca de idéias, em plenária, sobre os sentimentos que esta prece proporciona.

  • Identificar a importância da prece e a maneira correta de orar, segundo o Espiritismo.

  • Convidar a turma a cantar a prece. (YouTube)

3. A prece de Ismália (André Luiz / Francisco C. Xavier: Os Mensageiros, Capítulo 24). Conceito e benefícios da prece, maneira correta de orar.


Senhor! — começou Ismália, comovidamente — dignai-vos assistir os nossos humildes tutelados, enviando-nos a luz de vossas bênçãos santificantes. Aqui estamos, prontos para executar vossa vontade, sinceramente dispostos a secundar vossos altos desígnios. Conosco, Pai, reúnem-se os irmãos que ainda dormem, anestesiados pela negação espiritual a que se entregaram no mundo. Despertai-os, Senhor, se é de vossos desígnios sábios e misericordiosos, despertai-os do sono doloroso e infeliz. Acordai-os para a responsabilidade, para a noção dos deveres justos!… Magnânimo Rei, apiedai-vos de vossos súditos sofredores; Criador compassivo, levantai as vossas criaturas caídas; Pai Justo, desculpai vossos filhos desventurados! Permiti caia o orvalho do vosso amor infinito sobre o nosso modesto Posto de Socorro!… Seja feita a vossa vontade acima da nossa, mas se é possível, Senhor, deixai que os nossos doentes recebam um raio vivificante do sol da vossa bondade!…

Temos, ao nosso lado, Senhor, infortunadas mães que não souberam descobrir o sentido sublime da fé, resvalando, imprudentemente, nos despenhadeiros da indiferença criminosa; pais que não conseguiram ultrapassar a materialidade no curso da existência humana, incapazes de ver a formosa missão que lhes confiastes; cônjuges desventurados pela incompreensão de vossas leis augustas e generosas; jovens que se entregaram, de corpo e alma, aos alvitres da ilusão!… Muitos deles, atolaram-se no pantanal do crime, agravando débitos dolorosos! Agora dormem, Pai, à espera de vossos desígnios santos. Sabemos, contudo, Senhor, que este sono não traduz repouso do pensamento… Quase todos os nossos asilados são vítimas de terríveis pesadelos, por terem olvidado, no mundo material, os vossos mandamentos de amor e sabedoria. Sob a imobilidade aparente, movimenta-se-lhes o Espírito, entre aflições angustiosas que, por vezes, não podemos sondar. São eles, Pai, vossos filhos transviados e nossos companheiros de luta, necessitados de vossa mão paternal para o caminho! Quase todos se desviaram da senda reta, peias sugestões da ignorância que, como aranha gigantesca dos Círculos carnais, tece os fios da miséria, enredando destinos e corações! Deprecando vossa misericórdia para eles, rogamos, igualmente para nós, a verdadeira noção da fraternidade universal! Ensinai-nos a transpor as fronteiras de separação para que vejamos em cada infeliz o irmão necessitado do nosso entendimento! Ajudai-nos a compreensão, a fim de que venhamos a perder todo impulso de acusação nas estradas da vida! Ensinai-nos a amar como Jesus nos amou! Também nós, Senhor, que aqui vos rogamos, fomos leprosos espirituais, cegos do entendimento, paralíticos da vontade, filhos pródigos do vosso amor!… Também nós já dormimos, em tempos idos, nos Postos de Socorro da vossa misericórdia!… Somos simples devedores, ansiosos de resgatar imensos débitos! Sabemos que vossa bondade nunca falha e esperamos confiantes a bênção de vida e luz!…

Roteiro:

  • Dividir a turma em pequenos grupos.

  • Entregar aos participantes cópias do texto para leitura e troca de ideias.

  • Pedir aos participantes que façam a seguinte tarefa: a) um grupo retira do texto o conceito de prece, segundo o Espiritismo; b) outro grupo identifica o pedido e o louvor existentes na prece; c) um terceiro grupo analisa os sentimentos e a postura de Ismália no momento da oração; d) um quarto grupo indica os possíveis benefícios produzidos pela prece.

  • Ouvir os relatos dos representantes dos grupos, em plenária, esclarecendo possíveis dúvidas.

4. Pai Nosso — a prece ensinada por Jesus (Mateus, 6.9-13). Conceito de prece, maneira correta de orar, elementos de uma prece.


Pai Nosso que estás nos céus, santificado seja o teu Nome!

Venha o teu Reino!

Faça-se a tua vontade, assim na Terra como no Céu.

O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.

Perdoa-nos as nossas dívidas como nós perdoamos aos nossos devedores.

Não nos deixes entregues à tentação e livra-nos do mal.

Roteiro:

  • Dividir a turma em seis grupos ou duplas.

  • Entregar-lhes cópias do Pai Nosso e exemplares de O Evangelho segundo o Espiritismo.

  • Esclarecer que cada dupla deve ler e, em seguida, resumir uma parte da análise que Kardec fez desta prece (veja, no Evangelho segundo o Espiritismo, o item 2, do capítulo XXVIII, partes I a VI, p. 388 a 393).

  • Em seguida, pedir aos grupos que indiquem um relator para apresentação do resumo, em plenária.

  • Identificar o significado de prece, a maneira correta de orar e os elementos constituintes de uma prece (louvar, pedir e agradecer) segundo os ensinamentos de Jesus, à luz do entendimento espírita.


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