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EADE — Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita — Religião à luz do Espiritismo

TOMO II — ENSINOS E PARÁBOLAS DE JESUS — PARTE II
Módulo VI — Aprendendo com fatos extraordinários

Roteiro 1


A ressurreição de Lázaro


Objetivos: Analisar a ressurreição de Lázaro, à luz do entendimento espírita. — Enfatizar as lições de natureza espiritual de que o episódio se reveste.



IDEIAS PRINCIPAIS

  • Em razão da poderosa vontade do Cristo e do seu excepcional magnetismo, Jesus permitiu que Lázaro retornasse à vida, reintegrando o seu perispírito ao corpo físico. Fez […] voltar ao corpo o Espírito, prestes a abandoná-lo, uma vez que o laço perispirítico ainda se não rompera definitivamente. Para os homens daquela época, que consideravam morto o indivíduo desde que deixara de respirar, havia ressurreição em casos tais […]. Allan Kardec: A gênese, Capítulo 15, item 39.

  • Lázaro […] estava, dizem, havia quatro dias no sepulcro; sabe-se, porém, que há letargias que duram oito dias e até mais. Acrescentam que já cheirava mal, o que é sinal de decomposição. Esta alegação também nada prova, dado que em certos indivíduos há decomposição parcial do corpo, mesmo antes da morte, havendo em tal caso cheiro de podridão. A morte só se verifica quando são atacados os órgãos essenciais à vida. Allan Kardec: A gênese, Capítulo 15, item 40.



 

SUBSÍDIOS


1. Texto evangélico

  • Estava, então, enfermo um certo Lázaro, de Betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta. E Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com unguento e lhe tinha enxugado os pés com os seus cabelos, cujo irmão, Lázaro, estava enfermo. Mandaram-lhe, pois, suas irmãs dizer. Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas. E Jesus, ouvindo isso, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela. […] Assim falou e, depois, disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono. […] Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Mas também, agora, sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá. Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar. […] Jesus, pois, movendo-se outra vez muito em si mesmo, foi ao sepulcro; e era uma caverna e tinha uma pedra posta sobre ela. Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias. Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus? Tiraram, pois, a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido. Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isso por causa da multidão que está ao redor, para que creiam que tu me enviaste. E, tendo dito isso, clamou com grande voz: Lázaro, vem para fora. E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto, envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o e deixai-o ir. João, 11.1-4,11,21-23,38-44.

A ressurreição de Lázaro nada tem de milagroso e, a despeito de ser considerada um acontecimento extraordinário, oferece oportunidade para muitas reflexões, no que diz respeito aos aspectos físicos, propriamente ditos, quanto às implicações espirituais.

A “morte” de Lázaro era mais aparente que real, em razão da enfermidade que o atingiu. Encontrava-se em avançado estado letárgico, de coma profundo, sugestivo de morte do veículo físico. Se Jesus não tivesse reintegrado o Espírito de Lázaro ao corpo, a desencarnação ocorreria de fato e muito em breve, pois o veículo somático revelava sinais de decomposição.


Em certos estados patológicos, quando o Espírito há deixado o corpo e o perispírito só por alguns pontos se lhe acha aderido, apresenta ele, o corpo, todas as aparências da morte e enuncia-se uma verdade absoluta, dizendo que a vida aí está por um fio. Semelhante estado pode durar mais ou menos tempo; podem mesmo algumas partes do corpo entrar em decomposição, sem que, no entanto, a vida se ache definitivamente extinta. Enquanto não se haja rompido o último fio, pode o Espírito, quer por uma ação enérgica, da sua própria vontade, quer por um influxo fluídico estranho, igualmente forte, ser chamado a volver ao corpo. É como se explicam certos fatos de prolongamento da vida contra todas as probabilidades e algumas supostas ressurreições. É a planta a renascer, como às vezes se dá, de uma só fibrila da raiz. Quando, porém, as últimas moléculas do corpo fluídico se têm destacado do corpo carnal, ou quando este último há chegado a um estado irreparável de degradação, impossível se torna todo regresso à vida. (1)


2. Interpretação do texto evangélico

  • Estava, então, enfermo um certo Lázaro, de Betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta. E Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com unguento e lhe tinha enxugado os pés com os seus cabelos, cujo irmão, Lázaro, estava enfermo. Mandaram-lhe, pois, suas irmãs dizer. Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas. E Jesus, ouvindo isso, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela. […] Assim falou e, depois, disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono. […] Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Mas também, agora, sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá. Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar. (Jo 11.1-4,11,21-23).

Desde o momento que Jesus recebeu a notícia da doença de Lázaro, percebeu o que se passava, daí afirmar: “Esta enfermidade não é para morte”, ou, “Lázaro, o nosso amigo, dorme”. A transcendência espiritual do acontecimento ainda repercute nos dias atuais, impondo reflexões mais profundas.


O episódio de Lázaro era um selo divino identificando a passagem do Senhor, mas também foi o símbolo sagrado da ação do Cristo sobre o homem, testemunhando que o seu amor arrancava a Humanidade do seu sepulcro de misérias, Humanidade a favor da qual tem o Senhor dado o sacrifício de suas lágrimas, ressuscitando-a para o sol da vida eterna, nas sagradas lições do seu Evangelho de amor e de redenção. (13)


O sono de Lázaro tem sido objeto de discussão entre estudiosos. Que sono era aquele? Coma? Letargia? Fenômeno de quase-morte? É tarefa inglória definir o fenômeno. Mais importante foi a ação de Jesus, que sutilmente demonstra a existência do perispírito, elemento intermediário entre o Espírito e o corpo físico, mas cujo entendimento só poderia ser claramente estudado com o advento do Espiritismo, séculos à frente. “Jesus veio a este mundo para exemplificar o poder da vida sobre a morte; morreu para que todos vissem como se morre; ressuscitou para que todos vissem como se ressuscita.” (9)

A ressurreição de Lázaro conduz a outras considerações, que merecem ser destacadas.


Jesus realizou duas categorias de ressurreição: ressurreição do corpo, e ressurreição do Espírito. Ressuscitou Lázaro, e ressuscitou Madalena. Aos olhos do mundo, a primeira destas duas maravilhas assume maiores proporções, mas, aos olhos de Deus, o segundo prodígio é mais belo, mais valioso. O corpo de Lázaro veio a morrer após aquela ressurreição. Madalena nunca mais morreu, porque o que nela ressurgiu não foi a carne, foi o Espírito. A carne ressurge para a morte, a alma ressurge para a vida. Jesus, ressuscitando Lázaro, ressuscitou um vivo, porque Lázaro já vivia a vida do Espírito. Ressuscitando Madalena, ressuscitou um cadáver, porque sua alma era morta para a espiritualidade. Jesus ressuscitando Lázaro, a filha de Jairo, e o filho da viúva de Naim, teve em mira promover ressurreições de almas. […] Jesus foi muito grande ressuscitando Lázaro, mas foi maior ainda ressuscitando Madalena. (10)


“Teu irmão há de ressuscitar” — asseverou o Mestre a Marta.


Daí a instantes, Lázaro era restituído à experiência terrestre, surpreendendo os observadores do inesperado acontecimento. Gesto que se transformou em vigoroso símbolo, sabemos hoje que o Senhor nos reergue, em toda parte, nas esferas variadas da vida. Há ressurreição vitoriosa e sublime nas zonas carnais e nos círculos diferentes que se dilatam ao infinito. O Espírito mais ensombrado no sepulcro do mal e o coração mais duro são arrancados das trevas psíquicas para a luz da vida eterna. (15)

  • Jesus, pois, movendo-se outra vez muito em si mesmo, foi ao sepulcro; e era uma caverna e tinha uma pedra posta sobre ela. Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias. Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus? Tiraram, pois, a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido. Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isso por causa da multidão que está ao redor, para que creiam que tu me enviaste (Jo 11.38-42).

Os judeus não sepultavam os seus mortos, usualmente, como assinala o registro de João, fato que contribuiu para a ressuscitação de Lázaro. As cerimônias fúnebres judaicas incluíam: (2) a) lavagem do cadáver (Atos dos Apóstolos, 9.37); b) em seguida era ungido (Marcos, 16.1) com óleos e essências; c) o defunto era envolvido em faixas de linho impregnadas com especiarias (João, 19.40); d) os membros eram amarrados próximos ao corpo e o rosto coberto com um lenço (João, 11.44). É possível que este cerimonial fosse realizado por um grupo específico de pessoas, segundo se deduz da descrição existente em Atos dos Apóstolos, 5.6.

A higiene corporal, a unção, as especiarias e o não-sepultamento impediam a rápida decomposição, amenizavam os maus odores e dificultavam a proliferação de infecções. Além disso, era prática comum entre os povos orientais chorar, lamentar e bater no peito, inclusive arrancar os cabelos, como acontecia entre os egípcios. Em todas as cerimônias fúnebres estavam presentes pessoas contratadas para realizar essa etapa do serviço: as carpideiras — mulheres mercenárias que pranteavam os mortos durante os funerais. (2)


Os sepulcros e os cemitérios usualmente ficavam fora das cidades ou aldeias. Existiam cemitérios comuns (Mt 27.7), mas eram largamente usados túmulos individuais e familiares. […] Os ataúdes não eram usados para transportar os mortos até os seus sepulcros; eram carregados em simples esquifes (Lc 7.12,14). A cremação nunca foi uma prática judaica, mas havia diversos lugares de sepulcros. Havia sepulcros simples, na terra, alguns sem nenhuma assinalação (Lc 11.44). Além disso, havia túmulos escavados na rocha ou covas, que bem poderiam ter monumentos ou colunas erigidas sobre os mesmos. (3)


A afirmativa de Marta, quando Jesus ordenou a remoção da pedra do sepulcro, de que o corpo “cheira mal” (porque havia quatro dias que ele ali se encontrava), sugere que esta supunha que Lázaro estava morto. O Espírito estava, realmente, ligado por um fio ao corpo. Um pouco mais de tempo e a desencarnação seria definitiva. É preciso compreender a extensão desse episódio, pois, se quisesse, Jesus recuperaria a saúde de Lázaro logo que foi informado da sua enfermidade. Poderia ter realizado uma cura à distância, que seria apenas mais uma entre tantas que o Mestre realizou. O escrito integral de João — apresentado de forma resumida neste Roteiro, para tornar o estudo mais objetivo — indica, no versículo 6: “Ouvindo, pois, que estava enfermo, ficou ainda dois dias no lugar onde estava”.

Por que motivo Jesus esperou tanto tempo para auxiliar o amigo enfermo? A resposta é óbvia: quis destacar o fato, para que a ressurreição ficasse marcada indelevelmente na memória das pessoas, daí afirmar: “Pai, graças te dou, por me haveres ouvido. Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isso por causa da multidão que está ao redor, para que creiam que tu me enviaste” (Jo 11.41,42).

Quis demonstrar que existia algo mais que ligava o Espírito ao corpo: o perispírito. “Lázaro foi um missionário na Terra: veio para dar testemunho de que Jesus era o Cristo, o Ungido de Deus.” (11)

Tanto isto é verdade que no versículo 4, logo no início do texto evangélico, João anotou esta informação de Jesus: “Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela”.

  • E, tendo dito isso, clamou com grande voz: Lázaro, vem para fora. E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto, envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o e deixai-o ir. (Jo 11.43,44).

Por esses versículos compreendemos que a ressurreição de Lázaro foi realizada em três estágios.


Atendendo ao aflitivo chamado das moças [Maria e Marta], que choravam o irmão morto, pronunciou as três frases que, segundo a elucidação espírita, indicam o lento despertar do Espírito para as belezas da imortalidade.

“Tirai a pedra.”

“Lázaro, sai para fora.”

“Desligai-o, e deixai-o ir.”


Por outro lado, considerando as implicações espirituais das ações e ensinamentos de Jesus, importa considerar:


O despertamento é gradativo e se condiciona ao funcionamento, equânime e perfeito, das leis naturais que regem a evolução. Ninguém desperta instantaneamente. Ninguém se ergue, de um momento para outro, do túmulo da ignorância, para o santuário do conhecimento. Ninguém dá um salto da cova do egoísmo para a catedral da abnegação. Ninguém, após levantar-se, conseguirá desenfaixar-se, com facilidade, sem o concurso de amigos e benfeitores, sejam eles encarnados ou desencarnados. Há sempre alguém intercedendo por nós, à maneira de Marta e Maria, que se apressaram a enviar mensageiros ao Cristo, a fim de que pudesse Lázaro ser restituído à dinâmica da vida. (4)


É importante analisarmos, à luz da Doutrina Espírita, cada etapa da ressurreição de Lázaro, brilhantemente interpretada por Martins Peralva. Comecemos pela primeira ordenação de Jesus: “Tirai a pedra” (Jo 11.39).


Entre Jesus e o morto havia uma pedra. Entre a claridade e a sombra havia uma barreira, um obstáculo enorme e pesado. No estreito recinto onde se presumia que Lázaro começava a apodrecer, e no amplo mundo exterior, onde o Cristo meditava, duas estranhas realidades se defrontavam. Estranhas, diferentes, antagônicas… A Vida e a Morte. Cá fora, com a primeira, a luz fulgurando na ribalta da Natureza em festa. Lá dentro, com a segunda, a escuridão, a inércia. […] Era indispensável, portanto, o concurso dos circunstantes, a colaboração dos que ali se encontravam, mesmo por curiosidade ou descrença, a ajuda dos amigos de Lázaro. […] Apelou, então, Jesus, para a cooperação dos seus amigos: “Tirai a pedra.” Em outras palavras: “Tirai o entulho mental que impede a visão dos magníficos panoramas da Vida Imortal.” (6)


A segunda ordenação de Jesus é: “E, tendo dito isso, clamou com grande voz: Lázaro, vem para fora” (Jo 11.43).


Mas, tão logo estabeleceu contato visual com o jovem de Betânia, fala-lhe diretamente, sem reticências. Não mais intermediários: dá-lhe a ordem, incisiva e categórica. Intima-o, com bondosa energia, a deixar a sombra do túmulo, num convite a que viesse aspirar o oxigênio cá de fora; a que viesse reaquecer-se sob a claridade do Sol que buscava, aquela hora, a linha do horizonte. (7)


Na última etapa do processo de ressurreição, Jesus entrega Lázaro aos cuidados de familiares e amigos. A lição cala fundo no nosso ser, fazendo-nos refletir sobre o valor da amizade.


Mais uma vez, no entanto, uma vez mais o Mestre roga o concurso de nossos queridos cireneus, velhos amigos que removeram a pedra, quando não apenas “dormíamos”, mas estávamos “mortos” para as realidades da Vida Mais Alta. Devotados amigos, benfeitores incansáveis de outras existências, que estiveram ao nosso lado na “morte”, no “sono”, no “despertamento”, acorrem de novo, pressurosos, para nos desligarem as faixas e o lenço que nos perturbam, nos inibem, nos impedem de dar o passo decisivo. […] Embora desperto — Lázaro não podia caminhar. Estava enfaixado, inibido, obliterado. (8)


A ressurreição de Lázaro é preciosa oportunidade de aprendizado espiritual, oferecida pelo Evangelho e pela Doutrina Espírita. Muitos outros comentários poderiam ser acrescentados. Destacamos, porém, alguns esclarecimentos de Emmanuel, sabiamente analisados por este benfeitor espiritual.


É importante pensar que Jesus não apenas arrancou Lázaro à sombra do túmulo. Trazendo-o, de volta, à vida, pede para que seja restituído à liberdade. “Desatai-o e deixai-o ir” — diz o Senhor. O companheiro redivivo deveria estar desalgemado para atender às próprias experiências. (14)


Emmanuel faz uma reflexão mais aprofundada do que deve significar para nós, pequenos aprendizes do Evangelho de Jesus, o retorno de Lázaro à vida.


O regresso de Lázaro à vida ativa representa grandioso símbolo para todos os trabalhadores da Terra. Os criminosos arrependidos, os pecadores que se voltam para o bem, os que “trincaram” o cristal da consciência, entendem a maravilhosa característica do verbo recomeçar. Lázaro não podia ser feliz tão só por revestir-se novamente da carne perecível, mas, sim, pela possibilidade de reiniciar a experiência humana com valores novos. E, na faina evolutiva, cada vez que o Espírito alcança do Mestre Divino a oportunidade de regressar à Terra, ei-lo desenfaixado dos laços vigorosos… exonerado da angústia, do remorso, do medo… A sensação do túmulo de impressões em que se encontrava, era venda forte a cobrir-lhe o rosto… Jesus, compadecido, exclamou para o mundo: — Desligai-o, deixai-o ir. Essa passagem evangélica é assinalada de profunda beleza. Preciosa é a existência de um homem, porque o Cristo lhe permitiu o desligamento dos laços criminosos com o pretérito, deixando-o encaminhar-se, de novo, às fontes da vida humana, de maneira a reconstituir e santificar os elos de seu destino espiritual, na dádiva suprema de começar outra vez. (12)


É natural fazermos especulações sobre o que aconteceu a Lázaro depois da sua ressurreição, como ele tocou a sua vida, que lições foram retiradas de tão significativa experiência. O Espírito Irmão X (Humberto de Campos), nos fala a respeito, em uma mensagem transmitida através da gloriosa mediunidade de Chico Xavier, a qual incluímos em anexo, para leitura e desenvolvimento da atividade grupal.



 

ANEXO


Lázaro Redivivo

(Irmão X)



ORIENTAÇÕES AO MONITOR: No início da reunião, pedir aos participantes que façam leitura atenta do registro de João, 11.1-44. Em seguida, organizá-los em grupos para a interpretação do texto evangélico, de acordo com o roteiro detalhado abaixo. Cada grupo indica um relator para apresentar, em plenária, a síntese elaborada. Concluídas as apresentações, o monitor promove amplo debate do assunto, destacando pontos importantes.


ROTEIRO PARA O TRABALHO EM GRUPO:

Grupo 1. Leitura e resumo do conteúdo que trata da análise das citações 11.1-4,11,21-23, de João.

Grupo 2. Leitura e resumo do conteúdo que trata da análise das citações 11.38-42, de João.

Grupo 3. Leitura e resumo do conteúdo que trata da análise das citações 11.43,44, de João.

Grupo 4. Leitura e resumo da página de Irmão X (anexo), intitulada “Lázaro Redivivo”.



Referências:

1. KARDEC, Allan. A gênese. Tradução de Guillon Ribeiro. 52. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007 Capítulo14, item 30, p. 335-336.

2. DOUGLAS, J. D. O novo dicionário da Bíblia. Tradução de João Bentes. 3. ed. São Paulo: Vida Nova, 2006, p. 1254.

3. Idem, ibidem - p. 1254-1255.

4. PERALVA, Martins. Estudando o evangelho. 9. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Capítulo 40 (Cristo e Lázaro), item 1, p. 177.

5. Idem, ibidem - p. 178.

6. Idem - Capítulo 41 (Cristo e Lázaro), item 2. A primeira fase: Tirai a pedra, p. 180-181.

7. Idem - Capítulo 42 (Cristo e Lázaro), item 3. A segunda fase: Lázaro sai para fora, p. 184.

8. Idem - Capítulo 43 (Cristo e Lázaro), item 4. A terceira fase: Desligai-o e deixai-o ir, p. 187.

9. VINÍCIUS (Pedro Camargo). Em tomo do mestre. 8. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002. Item: Ressurreição, p. 160.

10. Idem - Nas pegadas do mestre. 11. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Item: Ressurreição, p. 186-187.

11. Idem, ibidem - p. 187.

12. XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, verdade e vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Capítulo 112 (Como Lázaro), p. 239-240.

13. Idem - O consolador. 27. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007, questão 317, p. 182.

14. Idem - Palavras de vida eterna. Pelo Espírito Emmanuel. 33. ed. Uberaba: CEC. 2005. Capítulo 75 (Libertemos), p. 167.

15. Idem - Vinha de luz.. Pelo Espírito Emmanuel. 26. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Capítulo 151 (Ressuscitará), p. 338.


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