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EADE — Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita — Religião à luz do Espiritismo

TOMO I — CRISTIANISMO E ESPIRITISMO
Módulo I — Antecedentes do Cristianismo

Roteiro 3


As religiões não-cristãs (2)


Objetivos: Apresentar as principais características do Taoísmo e do Confucionismo; do Islamismo e do Zoroastrismo; do Xintoísmo e das religiões primais.




IDEIAS PRINCIPAIS

  • O Taoísmo é uma doutrina elaborada por Lao Tsé. Tao te King é o livro básico do Taoísmo que define a existência do Tao ou caminho, manifesto sob três formas: caminho da realidade íntima que é o Criador Supremo, caminho do universo, da norma, do ritmo da Natureza e o caminho da existência humana.

  • Confucionismo é o sistema filosófico chinês, de natureza moral e religiosa, criado por Kung-Fu-Tzu (Confúcio), que se fundamenta no Taoísmo. Valoriza a educação, uma vida reta, o culto dos antepassados, a ideia do aperfeiçoamento contínuo, entre outros.

  • O Xintoísmo é uma integração religiosa nascida no Japão, no século VI d.C. É de natureza anímica miscigenada com totemismo. Tem como princípio o culto dos mortos e a educação da família.

  • As religiões tribais, ainda existentes em várias partes do Planeta, não possuem textos escritos, mas uma tradição oral que se modifica à medida que as gerações se sucedem.



 

SUBSÍDIOS


1. Taoísmo


A palavra Taoísmo (ou Daoísmo) é geralmente empregada para traduzir dois termos chineses distintos: “Daojiao” que se refere aos “ensinamentos ou à religião do Dao” e “Daojia”, que se refere à “escola do Dao”, uma linha de pensamento filosófico chinês.

Segundo a tradição, o Taoísmo (Tao = caminho) teve origem nas ideias do mestre chinês Lao Tsé (ou “velho mestre”), nascido entre 550 e 604 a.C., contemporâneo de Confúcio, outro sábio chinês que iria desenvolver uma doutrina chamada Confucionismo. Lao Tsé pregava a necessidade de bondade no coração humano como condição de felicidade. A bíblia do Taoísmo é Tao te King, que prega a existência de três caminhos: a) o Tao como caminho da realidade íntima (refere-se ao Criador, de onde brota a vida e ao qual toda a vida retorna); b) o Tao como caminho do universo, da norma, do ritmo da Natureza, enfim; c) o Tao como caminho da vida humana. No contexto taoísta, “Tao” pode ser entendido como o caminho, inserido no espaço-tempo da vida, isto é, o local ou a ordem onde as coisas acontecem. Pode referir-se, também, ao mundo real onde a história humana se desenvolve — daí ser, algumas vezes, nomeado como o “grande Tao”. Neste aspecto teria, talvez, o sentido de existência humana com as conotações morais que lhe são peculiares. (16)

O Taoísmo é um sistema filosófico de crenças politeístas em que se procura unir elementos místicos do culto dos antepassados com rituais do exorcismo, alquimia e magia. Entretanto, antes de Lao Tsé outros missionários, enviados ao Planeta por Jesus, lançaram as bases da organização religiosa da civilização chinesa.


As raças adâmicas ainda não haviam chegado ao orbe terrestre e entre aqueles povos já se ouviam grandes ensinamentos do plano espiritual, de sumo interesse para a direção e solução de todos os problemas da vida. A História não vos fala de outros, antes do grande Fo-Hi, que foi o compilador de suas ciências religiosas, nos seus trigramas duplos, que passaram do pretérito remotíssimo aos estudos posteriores. Fo-Hi refere-se, no seu “Y King”, aos grandes sábios que o antecederam no penoso caminho das aquisições de conhecimento espiritual. Seus símbolos representam os característicos de uma ciência altamente evolutiva, revelando ensinamentos de grande pureza e da mais avançada metafísica. Em seguida a esse grande missionário do povo chinês, o Divino Mestre envia-lhe a palavra de Confúcio ou Kong-Fo-Tsé, cinco séculos antes da sua vinda, preparando os caminhos do Evangelho no mundo, tal como procedera com a Grécia, Roma e outros centros adiantados do planeta, enviando-lhes elevados Espíritos da ciência, da religião e da filosofia […]. (8)


Lao-Tsé foi um elevado mensageiro do Senhor para os povos da raça as raças amarela. Suas lições estão cheias do perfume de requintada sabedoria moral. No Kang-Ing, LaoTsé oferece inúmeras lições, como esta: “O Senhor dos Céus é bom e generoso, e o homem sábio é um pouco de suas manifestações. Na estrada da inspiração, eles caminham juntos e o sábio lhe recebe as ideias, que enchem a vida de alegria e de bens”. (20)

Como um dos porta-vozes de Jesus, desenvolveu uma filosofia religiosa, avançada e superior, preparando o caminho do Senhor que, seis séculos depois, iria trazer o seu Evangelho à Humanidade. (10)

À medida em que o Taoísmo se espalhou pela população da China, seus ensinamentos se misturaram a algumas crenças preexistentes, como a teoria dos cinco elementos, a alquimia e o culto aos ancestrais. Os seus sacerdotes trabalhavam com feitiços e poções com a finalidade de obterem maior longevidade. Algumas ideias taoístas foram também absorvidas pelo Confucionismo e pelo Budismo. Muitas práticas da antiga medicina tradicional chinesa foram enraizadas no pensamento taoísta. A medicina chinesa moderna, assim como as artes marciais chinesas, se fundamentam em conceitos taoístas, como o Tao, o Qi, e o equilíbrio entre o yin e o yang. (16)

O Taoísmo forma um corpo de doutrina que tem origem nas seguintes fontes primordiais:

  • Máximas morais e orientações do “Imperador Amarelo” ou Huang Di. Trata-se de um dos cinco imperadores chineses, reis lendários sábios e moralmente perfeitos, que teriam governado a China. O Imperador Amarelo teria reinado de 2698 a.C. a 2599 a.C. É considerado o ancestral de todos os chineses da etnia Han. Conta a tradição que desde criança Huang Di era muito perspicaz, dotado de uma inteligência fora do comum e capaz de estabelecer raciocínios avançados sobre os mais variados temas. Durante o seu reinado Huang Di interessou-se especialmente pela saúde e pela condição humana, questionando os seus médicos sobre como a medicina era praticada. (17)

  • Livro de aforismos místicos, o Dao De Jing (Tao Te Ching), cuja escrita é atribuída a Lao Zi (Lao Tsé). Tao Te Ching ou Dao de Jing, comumente traduzido pelo nome de “O Livro do Caminho e da sua Virtude”, é um dos escritos chineses mais antigos e conhecidos. A tradição diz que o livro foi escrito em cerca de 600 a.C. por um sábio que viveu na Dinastia Zhou, Lao Tsé. É um livro de provérbios relacionados ao Tao, mas que acabou servindo de obra inspiradora para diversas religiões e filosofias, em especial o Taoísmo e o Budismo Chan, ou chinês, e sua versão japonesa (Zen Budismo) (18)

  • Trabalhos do maior filósofo chinês Zhuang Zi (Chuang Tsé), literalmente denominado “Mestre Zhuang”, que viveu no Século IV a.C. Ele era da Cidade de Meng, no Estado de Song, hoje Shãngqiu. A sua filosofia influenciou o desenvolvimento do Budismo Chan (chinês) e do Budismo Zen (japonês). (19)

  • Antigo I Ching, ou O Livro Das Mudanças (ou das Mutações), que é tido como uma fonte extra do Taoísmo, assim como de práticas de divinação da China antiga. O I Ching é um texto clássico chinês composto de várias camadas que foram superpostas ao longo dos tempos. É um dos mais antigos e um dos únicos textos chineses que chegaram até os nossos dias. Ching, significando “clássico,” foi o nome dado por Confúcio à sua edição. Antes de Confúcio era chamado apenas de 1, que tem origem no ideograma e é traduzido de muitas formas. No século XX, ficou conhecido no ocidente como “mudança” ou “mutação”.O I Ching pode ser compreendido e estudado como um oráculo ou como um livro de sabedoria. Na própria China é alvo de estudos diferenciados, realizados por religiosos, eruditos e praticantes da filosofia de vida taoísta. (9)


O Taoísmo tem significados diferentes no Ocidente: a) pode ser entendido como uma escola de pensamento filosófico chinês fundamentada nos textos do Tao Te Ching atribuídos a Lao Tsé e nos escritos de Chuang Tsé; b) é aceito como movimento religioso chinês que tem sua origem nos ensinos de Zhang Daoling, no final da Dinastia Han, estruturado em seitas como a Zhengyi (ou “Ortodoxa”) e Quanzhen (ou “realidade completa”); c) visto como manifestação da tradição religiosa chinesa, mas de caráter popular, onde se integram elementos do Taoísmo, do Confucionismo e do Budismo.

O Taoísmo é de natureza politeísta, daí as igrejas taoístas possuírem panteões de divindades, incluindo Lao Zi, Zhang Daoling, o Imperador Amarelo, o Imperador Jade, Lei Gong (“O Deus do Trovão”) e outros. As duas maiores igrejas taoístas da atualidade pertencem à seita Zhengyi (evoluída de uma seita fundada por Zhang Daoling) e o Taoísmo Quanzhen (fundado por Wang Chongyang).


2. Confucionismo


Confucionismo é um sistema filosófico chinês, de natureza moral e religiosa, criado por Kung-Fu-Tzu (Confúcio) e que tem por base os princípios ensinados por Lao Tsé. Entre as preocupações do Confucionismo estão a moral, a política, a educação e a religião. São conhecidas pelos chineses como Junchaio (ensinamentos dos sábios). O Confucionismo se tornaria a doutrina oficial do império chinês durante a dinastia Han ( séculos III a. C. — III d. C.). Vários seguidores dessa doutrina moral deram continuidade aos ensinamentos de Confúcio, após esse período.

Donz Zhong Shu, por exemplo, fez uma reforma no Confucionismo, fundamentando-se na teoria cosmológica dos cinco elementos. O pensamento taoístico ensina que existem na Natureza cinco elementos, os quais se interagem e se relacionam, sendo necessários à manutenção da vida: metal, madeira, terra, água e fogo.

Tais elementos não devem ser vistos apenas como representações materiais, mas como símbolos e metáforas. A interação desses cinco elementos é feita por meio de dois ciclos: da produção e do controle. (21)

Wang Chong utilizou-se de um ceticismo lógico para criticar as crenças infundadas e os mitos religiosos. Meng Zi (Mêncio ou Mâncio) e Xun Zi desenvolveram e expandiram o Confucionismo na sociedade chinesa, ensinando a doutrina dentro de uma perspectiva mais naturalista. Essa renovação doutrinária foi denominada de neoconfucionismo. Mêncio, em particular, acreditava na importância da educação para modificar a natureza humana, que se transvia em função dos conflitos e das necessidades impostas pela vida. Acreditava que, a despeito do ser humano possuir instintos naturais comuns aos animais, como o de preservação, a inteligência educada poderia conduzir o ser humano ao bem. Xun Zi, ao contrário, via na natureza perversa do homem uma herança ancestral dos instintos de preservação dos animais. Entretanto, entendia que no interior do homem há uma inteligência capaz de articular meios pelos quais se poderia evitar a manifestação da natureza instintiva.

O Confucionismo foi uma filosofia moral de profundo impacto na estrutura social e cotidiana da sociedade existente na Antiguidade. O valor ao estudo, à disciplina, à ordem, à consciência política e ao trabalho são lemas que o Confucionismo implantou na mentalidade chinesa.


A história da China remonta a épocas remotíssimas, no seu passado multimilenário, e esse povo, que deixa agora entrever uma certa estagnação nos seus valores evolutivos, sempre foi igualmente acompanhado na sua marcha por aquela misericórdia infinita que, do céu, envolve todos os corações que latejam na Terra. […] A cristalização das ideias chinesas advém, simplesmente, desse insulamento voluntário que prejudicou, nas mesmas circunstâncias, o espírito da Índia, apesar de fascinante beleza das suas tradições e dos ensinos. É que a civilização e o progresso, como a própria vida, dependem das trocas incessantes. (6)


“Confúcio, na qualidade de missionário do Cristo, teve de saturar-se de todas as tradições chinesas, aceitar as circunstâncias imperiosas do meio, de modo a beneficiar o país na medida de suas possibilidades de compreensão”. (20) A doutrina de Confúcio foi dirigida à razão humana, rejeitando o misticismo e as prerrogativas dos poderes sobrenaturais. Segundo os historiadores, por se ocupar com o homem e com as coisas humanas, Confúcio ficou conhecido como o “Sócrates chinês”, preparando o solo da China, no começo da era cristã, para a penetração do Budismo que iria introduzir novos conhecimentos aos que foram ensinados pelos missionários chineses.


De um modo geral, é o culto dos antepassados o princípio da sua fé [do Budismo]. Esse culto, cotidiano e perseverante, é a base da crença na imortalidade, porquanto de suas manifestações ressaltam as provas diárias da sobrevivência. […] A ideia da necessidade de aperfeiçoamento espiritual é latente em todos os corações, mas o desvio inerente à compreensão do Nirvana é aí, como em numerosas correntes do Budismo, um obstáculo ao progresso geral. O Nirvana, examinado em suas expressões mais profundas, deve ser considerado como a união permanente da alma com Deus, finalidade de todos os caminhos evolutivos; nunca, porém, como sinônimo de imperturbável quietude ou beatífica realização do não ser. A vida é a harmonia dos movimentos, resultante das trocas incessantes no seio da natureza visível e invisível. Sua manutenção depende da atividade de todos os mundos e de todos os seres. (11)


3. Xintoísmo


Religião surgida no Japão, oriunda de prática anímica ancestral miscigenada com o totemismo. A palavra Xintó (“via dos deuses” ou “caminho divino”), utilizada no século VI d.C., substituiu o termo búdico Butsudo (“caminho de Buda”).

O Xintoísmo tem sua base no culto dos mortos, chamados de Kami. Os Kami são Espíritos divinizados que adquiriram poderes sobrenaturais, após a morte. Circulam entre os encarnados, participando de suas alegrias e de suas dores, vigiando-lhes a conduta.

Os historiadores informam que o Xintoísmo é uma religião que não comporta um código moral ou um decálogo, propriamente dito, porque os seus seguidores consideram o povo japonês uma raça divina, daí não existir a necessidade de um código moral.

O Xintoísmo prescreve, na veneração dos seus mortos, os deveres religiosos de: a) purificar o coração por meio do arrependimento das ofensas praticadas contra os espíritos; e b) o de tornar puro o corpo pela higiene física.

No início da era cristã, chega ao Japão o Confucionismo, trazido da China. Sua influência, limitada aos círculos cultos, alcança o século XVII. O livro de lendas confucianas, denominado “Os Vinte e quatro modelos de piedade filial”, exerceu forte influência na educação japonesa, por retratarem uma moral familiar e conservadora, compatíveis com as tradições xintoístas, as quais, por sua vez, têm como princípios o amor à família e o respeito aos ancestrais.

Com a introdução do Budismo no Japão, feita por coreanos, surgiram divergências entre os xintoístas e os budistas, tais como: a) o Xintoísmo admite vários deuses: o Budismo, em sua origem, não admite qualquer deus; b) o Xintoísmo prega a sobrevivência definitiva, sem reencarnação dos Espíritos dos mortos, não existindo, para os mortos, punição ou recompensa, independentemente da vida que aqui levaram; o Budismo prega a transmigração das almas (reencarnação) até que estas se purifiquem e atinjam o nirvana. Somente a partir desse estágio é que a reencarnação não mais ocorre.


4. Islamismo e Zoroastrismo


De todas as religiões não-cristãs, o Islamismo é a mais próxima das do Ocidente, em termos geográficos e religiosos, pois, como religião, tem origem judaica e, como filosofia, sofreu influência helênica.

O Islamismo foi fundado pelo profeta Maomé, da tribo Koreish, nascido em Meca, há aproximadamente 570 anos d.C. No roteiro 29 [no eLivro roteiro 24] estudaremos com maiores detalhes a doutrina do Islã.

O Masdeísmo, ou Zoroastrismo, é uma religião fundada na Pérsia por Zoroastro, ou Zaratustra, cujas origens se perderam no tempo, mas que foi inspirada no deserto e na solidão.


A base de sua doutrina era a grande luta entre o bem e o mal, vivendo as criaturas influenciadas por bons e maus Espíritos. O homem é livre em suas ações — já Zoroastro pregava o livre-arbítrio — o homem é livre, mas se vê sujeito às influências das forças do mal. Conservando a ação, a palavra e pensamento puros, afastava-se do mau Espírito e se aproximava do bom. Devia conservar limpos o corpo e a alma. […] Na morte, cabia-lhe um lugar que estava em relação com o que praticara em vida. Os atos do homem, na vida, iam determinar a sua situação na morte. A religião de Zoroastro, afirmam os historiadores e mitólogos, tinha leis morais de extraordinária elevação. (2)


Há quem afirme que Zoroastro nunca existiu; mas pela leitura do Zend Avesta e dos hinos antiquíssimos temos notícias que ele não foi a um mito, mas um homem que, à semelhança dos grandes profetas ou de pessoas de maior envergadura moral, muito lutou e sofreu: “Segui o bem, fazei o bem, pensai no bem, assim falou Zaratustra” (3)


5. Religiões primais


As religiões primais, ou tribais, são manifestações primitivas da religiosidade humana. São encontradas em várias partes do mundo, como África, Austrália, sudeste Asiático, Ilhas do Pacífico, Sibéria e entre os índios da América do Norte, Centro e do Sul. Em geral, tais religiões não possuem textos escritos. Os mitos representam a sua base religiosa, tendo sobrevivido em razão da tradição oral. Como toda religião tribal, sofre influência de fatores externos, sendo as suas histórias alteradas ao longo das gerações. As religiões tribais africanas acreditam na existência de um Deus Supremo, apresentando-o sob diversos nomes, como criador de todas as coisas e seres. Acreditam também em outros deuses menores, ou espíritos, encontrados nas florestas, planícies e montanhas, lagos, rios e no céu. Esses deuses estão intimamente associados aos fenômenos da natureza (chuva, raios, trovões etc.). Outra característica das religiões primitivas diz respeito ao culto dos antepassados. Acreditam que os antepassados se mantêm invisíveis, guardando a mesma aparência que tinham em vida. Atualmente, muitas das religiões tribais da África adotam práticas cristãs e islâmicas em seus rituais.


Os milênios, com as suas experiências consecutivas e dolorosas, prepararam os caminhos d’Aquele que vinha, não somente com a sua palavra, mas, principalmente, com sua exemplificação salvadora. Cada emissário trouxe uma das modalidades da grande lição de que foi teatro a região humilde da Galileia. É por esse motivo que numerosas coletividades asiáticas não conhecem a lição direta do Mestre, mas sabem do conteúdo da sua palavra, em virtude das próprias revelações do seu ambiente, e, se a Boa Nova não se dilatou no curso dos tempos, pelas estradas dos povos, é que os pretensos missionários do Cristo, nos séculos posteriores aos seus ensinos, não souberam cultivar a flor da vida e da verdade, do amor e da esperança, que os seus exemplos haviam implantado no mundo: — abafando-a nos templos de uma falsa religiosidade, ou encarcerando-a no silêncio dos claustros, a planta maravilhosa do Evangelho foi sacrificada no seu desenvolvimento e contrariada nos seus mais lídimos objetivos. (12)



ORIENTAÇÃO AO MONITOR: Dividir a turma em grupos para estudo e debate das religiões não-cristãs inseridas neste Roteiro. Concluído o trabalho, destacar as principais características dessas religiões, registrando-as em cartazes que deverão ser afixados no mural da sala.




ANEXO


Citação de Gênesis 15.5



Referências:

1. IMBASSAHY, Carlos. Religião. 5. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1990. Item: Brama, p. 178-179.

2. Idem - Item: Zoroastro, p. 181.

3. Idem, ibidem - p. 182.

4. XAVIER, Francisco Cândido. A Caminho da Luz. Pelo Espírito Emmanuel. 33. ed. Rio de Janeiro: FEB; 2006. Capítulo 8 (A China milenária), item: A China, p. 73.

5.  Idem, ibidem - p. 74.

6. Idem - Item: A cristalização das ideias chinesas, p. 74.

7. Idem - Item: Fo-Hi, p. 75.

8. Idem, ibidem - p. 75-76.

9. Idem - Item: Confúcio e Lao-Tsé, p. 76-77.

10. Idem, ibidem - p. 77.

11. Idem, ibidem - p. 77-78.

12. Idem - Capítulo 9. Item: As revelações gradativas, p. 85-86.

13. Idem - Emmanuel. Pelo Espírito Emmanuel. 25. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Capítulo 2 (A ascendência do Evangelho), item: As tradições religiosas, p. 26.

14. Idem - Item: Os missionários do Cristo, p. 26.

15. Idem - Capítulo 4. Item: Religião e religiões, p. 37.

16. https://pt.wikipedia.org/wiki/Tao%C3%ADsmo

17. https://pt.wikipedia.org/wiki/Imperador_Amarelo

18. https://pt.wikipedia.org/wiki/Dao_De_Jing

19. https://pt.wikipedia.org/wiki/Chuang_Tse

20. https://pt.wikipedia.org/wiki/I_Ching

21 https://pt.wikipedia.org/wiki/teoria_dos_cinco_elementos


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