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Ezequiel


TEMAS CORRELATOS: Antigo Testamento. | Livro de Ezequiel.

Ezequiel, [Deus fortalece; ou, talvez Deus é forte].  † 


Um dos maiores profetas judeus, filho de Buzi, e de família sacerdotal (Ez 1.3). Ele cresceu, até além dos anos de infância em sua pátria, próxima a Jerusalém, desde que ele era de descendência sacerdotal, durante o ministério do profeta Jeremias. Foi levado cativo de Judá com Joaquim, oito anos depois da deportação de Daniel (33.21; 40.1; cp. 2 Rs 24.10-16). Josefo diz que era um jovem naquele tempo (Antig. 10.6, 3). Ele não era criança, mas estava na idade quando os levitas assumiam seus deveres e eram calculados no censo como homens. Viveu com os exilados judeus no rio Cobar em Babilônia, provavelmente em Tel-abib (Ez 1.1,3; 3.15); casou-se provavelmente bem cedo no sexto, ou pelo menos no nono ano do cativeiro, e teve uma casa (8.1; 24.1,18)


Começou o ministério profético no quinto ano do cativeiro de Joaquim, sete anos antes da destruição do templo de Jerusalém, quando morava em Cobar, 1.1,2. Tinha então trinta anos de idade, 1.1, tempo em que os levitas entravam em serviço, Nm 4.3. A teoria que o trigésimo ano não se refere à idade de Ezequiel, mas é uma data calculada a partir da acessão de Nabopolasar, pai de Nabucodonosor, ou das reformas de Josias, fracassa devido a Jr 25.1,3; 2 Rs 23.36, 25.2-6; Ez 1.2. Mesmo no exílio numa terra estrangeira, Ezequiel teve liberdade de proferir suas profecias, e os anciões do povo recorriam a ele pedindo conselhos (8.1; 14.1; 20.1); mas suas palavras não eram seguidas fielmente (33.30-33). É evidente pelas afinidades de pensamento e linguagem, que ele era bastante familiar com os ensinamentos de Jeremias. Talvez como um frequentador do santuário ele ouvia as pregações de Jeremias no templo, escutando aí a leitura pública de suas profecias (Jr 7.2; 19.14; 26.2; 28.5; 36.8); ou mais tarde, quando no exílio em Babilônia, ele pode ter tido uma coleção escrita destes discursos (29.1, 31; Dn 9.2). De qualquer forma ele toma de Jeremias observações doutrinais breves, alegorias sugestivas ou falas curtas, desenvolve e expande-as, e frequentemente dá a eles um acabamento literário:: como o caldeirão (Jr 1.13-15; Ez 11.2-11; 24.3-14), as duas irmãs (Jr 3.6-11; Ez 23.1-48), o perdão para o condenado, quando penitente (uma nação, Jr 18.5-12, um indivíduo, Ez 18.21-32); os maus pastores substituídos pelo rei David (Jr 23.1-8; Ez 34.1-24), a responsabilidade individual em vista do provérbio sobre os pais comendo uvas azedas (Jr 31.29,30; Ez 18.2-31). A nova natureza espiritual (Jr 31.33,34; Ez 11.19,20; 36.25-29), os exilados, e não os judeus em Jerusalém, são a esperança do futuro (Jr 24.1-10; Ez 11.14-21; 37.1-14). A atividade profética de Ezequiel estende-se por um período de pelo menos vinte e dois anos (1.2; 29.17). A época e a maneira de sua morte são desconhecidas. A antiga tradição diz que ele foi morto por um príncipe do povo porque ele denunciou a idolatria desprezível. — (Dicionário da Bíblia de John D. Davis©


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