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Eurípedes Barsanulfo



Eurípedes Barsanulfo, (Sacramento, 1 de maio de 1880 — Sacramento, 1 de novembro de 1918) foi um professor, jornalista e médium espírita brasileiro.

Aluno do Colégio Miranda, desde cedo auxiliava os professores, ensinando aos próprios companheiros de classe. Conquistou o respeito de todos os colegas e professores, pelo seu comportamento e extrema dedicação ao estudo. Graças à sua vontade de querer saber cada vez mais, alcançou uma excelente formação cultural, nos mais variados campos do saber.

Egresso do colégio, passou a trabalhar como guarda-livros, no escritório comercial de seu pai, passando a auxiliar, também desde cedo, a manutenção do lar.

Aos vinte e dois anos de idade, com seus antigos professores, Dr. João Gomes Vieira de Melo, Inácio Martins de Melo e outros, fundou o Liceu Sacramento, onde lecionava, quando necessário, todas as matérias do curso. Alguns alunos do Liceu fundaram um serviço de assistência aos necessitados, denominado “Sociedade dos Amiguinhos dos Pobres”. Na mesma época, participou da fundação do jornal semanal “Gazeta de Sacramento”, em que publicava artigos sobre economia, literatura, filosofia, etc., estreando, assim, como jornalista, tendo colaborado intensamente em outros jornais.

Possuía profundos conhecimentos de Medicina e Direito, além de Astronomia, Filosofia, Matemática, Ciências Físicas e Naturais e Literatura, mesmo sem ter cursado o ensino superior.

Tornou-se líder, em sua cidade, pelo seu trabalho no magistério, e na imprensa, pelo seu nobre caráter e bom coração pronto a ajudar os necessitados. Foi assim, eleito vereador, quando, durante seis anos, beneficiou a população de sua cidade com luz e bondes elétricos, água encanada e cemitério público. Nessa ocasião, Eurípedes Barsanulfo, como fervoroso católico, era o presidente da Conferência de São Vicente de Paulo.

O seu primeiro contato com a Doutrina Espírita ocorreu em 1903, através do seu tio, conhecido como Sinhô, que, após tentar explicar os pontos básicos da doutrina, emprestou ao sobrinho o livro Depois da Morte, de Léon Denis. Ocorreu, então, uma transformação em sua vida: mudou-se da casa de seus pais e fundou o Grupo Espírita Esperança e Caridade, em 1905, onde, além de realizar reuniões mediúnicas e doutrinárias, também prestava auxílio aos mais necessitados. Foi médium inspirado, vidente, audiente, receitista, psicofônico, psicógrafo, de desdobramento e de bicorporeidade. Como médium receitista, psicografava prescrições do Espírito Bezerra de Menezes.

Em 31 de janeiro de 1907, criou o primeiro educandário brasileiro com orientação espírita, o Colégio Allan Kardec, onde os alunos recebiam aulas de Evangelho, e, ainda, instituiu um curso de Astronomia.

Como quase todos os médiuns, Barsanulfo também sofreu perseguição por parte do Clero que, aliado a um médico católico de Uberaba, moveu-lhe execrável perseguição, culminada por um processo penal sob a acusação de exercício ilegal da Medicina, em 1917. Todavia, o Juiz da Comarca não quis pronunciá-lo, julgando o caso, finalmente, prescrito.

Mesmo diante das dificuldades, ele executou um trabalho de fé e caridade gigantesco em Sacramento. As farmácias, o Colégio Allan Kardec e o Grupo Espírita Esperança e Caridade foram apenas algumas das obras desse homem que foi chamado “O Apóstolo do Triângulo Mineiro”.

Faleceu aos trinta e oito anos, vítima da gripe espanhola. (Wikipédia  † )


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