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Baalão


Balaão, [talvez, devorando.]

Um adivinho (Js 13.22; cp. Nm 24.1), filho de Beor, e residente no povoado de Pethor, no Eufrates (Nm 22.5), em Arã, no país de colina do leste (Nm 23.7; cp. Dt 23.4). O texto hebreu de Nm 22.6, descreve Balaque como enviando a Balaão “à terra dos filhos do seu povo,” querendo dizer terra nativa de Balaque ou, melhor, Balaão. O samaritano e o siríaco, lendo ammon para ammo, têm a “terra dos filhos de Amom”, mas Balaão não tinha relações com os amonitas, nem mesmo em Nm 31.8. Este adivinho reconhecia a Jeová como o Deus de Israel (23.21),  e como um, pelo menos, de seus próprios deuses (22.18; mas a versão grega lê meramente “Jeová Deus.”). Balaque, rei de Moabe, enviou uma embaixada a ele, consistindo de anciões de Moabe e de Madiã, oferecendo a ele recompensa para colocar os Israelitas debaixo de uma maldição (Nm 22.5-7)  Respondeu-lhes que não poderia fazer isso sem o consentimento de Jeová, Deus de Israel. O consentimento, naturalmente, foi recusado. Balaque despachou negociadores mais honrados, não anciões, mas príncipes. Balaão  respondeu que não seria por uma casa cheia de ouro e prata que iria ele além da palavra de Jeová. Importunando Deus pela permissão, foi-lhe permitido ir com os homens, na condição de proferir somente as palavras que Deus lhe pusesse na sua boca. A caminho um anjo do Senhor com espada desembainhada, visível para o asno em que Balaão montava, mas não a seu cavaleiro, por  três vezes impediu-lhe avançar. O asno recusou ir adiante. Quando açoitado ele falou (Antig. IV. 6, 3; 2 Ped. II. 15) Finalmente foi permitido Balaão ver o anjo e ele reconheceu o perigo em que se encontrava. Ofereceu voltar, mas foi-lhe permitido ir adiante, na mesma condição restrita que antes. Balaque encontrou-o nos bancos do Arnon, e conduzindo-o a Kiriath-huzoth, provavelmente o mesmo que Kiriath-aim,  na eminência distinta próxima, pelo norte do Arnon. Na manhã seguinte, os dois, acompanhados pelos príncipes de Moabe, foram em direção ao norte para os lugares altos de Baal, de onde uma parte da grandiosa marcha do acampamento de Israel em Sitim era visível (Nm 22.8-41) Depois de sacrifícios em sete altares, Balaão subiu só a um lugar descampado. Aí a palavra do Senhor veio a ele. Voltando para Balaque, e sob o poder irresistível de Deus abençoou o povo que ele tinha sido convidado amaldiçoar (23.1-12). Balaque ficou decepcionado, mas preso à mesma ideia, pensou que se Balaão visse a outra parte do acampamento talvez ele pudesse ser capaz de amaldiçoar os israelitas. Levou Balaão ao topo do monte Fasga e sacrificou como antes; mas o único resultado foi nova bênção em vez da maldição (13-26). Uma terceira tentativa foi feita do topo de Peor, ao norte do cume de Nebo. Não somente abençoou aí, mas terminou por anunciar a profecia acerca de uma estrela de Jacob, e um cetro fora de Israel, que deveria balançar acima de Moabe e Edom. Irado, Balaque despediu a Balaão sem conferir-lhe a honra pretendida (23.27 a 24.25). Balaão porém, antes de deixar o país, sugeriu que se os israelitas pudessem ser seduzidos à idolatria e à impureza do culto praticado em Baal-peor, todos estariam sob a maldição de Jeová. O mau conselho foi seguido. Na guerra empreendida pelos Israelitas para executar vingança sobre os Midianitas, por este feito, Balaão foi morto (31.8-16). Há registros em várias outras passagens do V. T., e alguns escritores do N. T. referem-se ao caráter e ao destino de Balaão (Dt 23.4,5; Js 24.9,10; Ne 13.2; 2 Pe 2.15; Jd 11; Ap 2.14). — (Dicionário da Bíblia de John D. Davis©


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