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Anrafel


Anrafel. Rei de Sinar, aliado de Quedorlaomer na invasão do oeste (Gn 14.1.9).  † 

O nome é diferentemente daquele de Hammurabi ou Ammurabi [ou, em Amorita Ammurawih (Luckenbill)], que se tornou rei de Babel mais ou menos em 2123 A. C. e reinou pelo menos quarenta e três anos. A princípio ele abalanço-se sobre um pequeno distrito, só quase no trigésimo ano de seu reinado ele tomou violentamente Larsa dos Elamitas, e se fez senhor de toda Babilônia. Procurou o bem estar dos seus súditos; reparou canais velhos e fez novos a fim de trazer fertilidade a Babilônia tanto do norte com do sul, fortaleceu as fortificações, erigiu e embelezou templos, superintendeu a administração da justiça e codificou as leis do país. Afortunadamente mereceu o título que deu a si, de pai do seu povo. Hammurabi é conhecido como o mais antigo codificador de leis; o primeiro nome na lista que inclui Moisés, Justiniano e Napoleão. Era indubitavelmente um legislador; mas além de editar legislação, ele vislumbrou a importância de colecionar as leis do reino que interessavam à vida social de seu povo, agrupando-as, relacionando-as e dando a elas mais larga publicidade. Estas antigas leis da Babilônia guardam íntima semelhança às promulgadas no Livro do Pacto pelo qual a justiça era administrada em Israel (Ex 20.22 até 23.33; comp. com 24.7). Não só são, como foram classificados, como o corpo mais antigo da legislação hebreia, mas eles são como muitos daqueles estatutos hebreus que começam com a palavra “se”. Além desta semelhança externa, existe semelhança material. Em vinte e quatro ou vinte e cinco instâncias, os dois corpos de legislação tratam do mesmo dano para pessoas ou propriedades. Esta coincidência é claro, não surpreende, desde que estes infortúnios e danos são comuns nas comunidades humanas e devem serem enunciados em qualquer código de leis que lida com vida civil.  É mais notável que em tantas instâncias as mesmas classes de pessoas; particularmente os membros menos afortunados da sociedade, eram considerados por ambos, os babilônicos e israelitas, possuidores de direitos que podiam ser oficialmente reconhecidos pelo estado. Mas ainda o mais notável é que em pelo menos quatorze instâncias os babilônicos e a lei hebreia impõe a mesma, ou praticamente a mesma penalidade para a mesma ofensa. Num grau notável os dois povos compartilharam a mesma concepção de justiça. Não é provável que o legislador hebreu teve suas leis antes de Hammurabi; mas é certo que Israel herdou dessa fonte as concepções de justiça e os costumes judiciais que existiu entre os Babilônios nos dias de Hammurabi. Veja Moisés. — (Dicionário da Bíblia de John D. Davis©


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