O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Taça de luz — Autores diversos


21


Mensagem

1 Meus queridos paizinhos.
Deus nos abençoe.

2 Sigamos nosso caminho de lutas salvadoras, encontrando no trabalho e no sofrimento o bendito ensejo de elevação.


3 Não acreditem esteja meu espírito ausente do nosso quadro de lutas.


4 O amor não se extingue com a morte.

5 A família espiritual continua, além das sombras, entesourando carinho.

6 O serviço não cessa com a supressão do corpo físico.

7 A luta não se acaba com a transposição de Plano.

8 E a purificação prossegue, invariável, constrangendo-nos a receber o riso e a lágrima, a alegria e a dor, no mesmo cálice de esperanças.


9 Quanto puderes, não deixem que a luz da crença esmoreça em nossa casa.


10 Nosso grupo precisa rearticular-se, a fim de que a produção de conhecimento superior não sofra intervalos em nossa jornada de ascensão.


11 Aqui, também, somos obrigados a grande esforço para sustentar nossas lâmpadas de fé, acesas e vibrantes.


12 A afinidade nos reúne em agrupamentos diversos, cada qual guardando funções diferentes na plantação do bem.


13 Em verdade, a nossa vida não apresenta modificações fundamentais.

14 Evolvemos em paisagens que se filiam à enorme semelhança com as cidades terrestres.


15 No capítulo dos fenômenos, as linhas de estudo são sempre mais ricas e mais belas, entretanto, nos horizontes do coração, os sentimentos não sofrem alterações essenciais.
Somos o que somos.


16 O túmulo é apenas uma passagem, no rumo do Mais Além, onde a maior novidade que nos surpreende é a continuidade da nossa existência.


17 E, por isso, o esforço que nos cabe na transformação do lastro de nossas antigas ideias deve ser sacrificial e constante, se desejamos auxiliar com eficiência aos amados que ficam.


18 Possuímos templos sublimes, em cuja intimidade, a luz vive associada à beleza, extravasando divinas revelações, contudo, a cada passo, somos defrontados pelo impositivo de nossa própria renovação em Cristo.

19 Nesse aspecto de nossa luta, somos assim induzidos a formar conjuntos e congregações de trabalho assistencial, de socorro mútuo, de vigilância fraterna e de oração balsamisante.


20 Além das nossas atividades no corpo coletivo das sociedades a que nos ajustamos, reunimo-nos desse modo, em misteres e obrigações particulares que podem perfeitamente inspirar as igrejas domésticas da sociedade humana.


21 O mundo necessita, não somente de escolas e hospitais, de oficinas e tribunas, de academias e santuários, para solucionar os problemas das criaturas, mas também de lares que, como células regeneradas do organismo social, se expandam em benefícios reais para os nossos irmãos nos variados setores da experiência comum.


22 Ajudem-nos a realizar nossa velha aspiração de um grupo firme e valoroso, incessantemente afinado com o Evangelho de Nosso Senhor Jesus, em nosso séquito familiar.


23 Ninguém pode, por enquanto, na Terra, avaliar a importância de uma simples oração erguida por duas ou três pessoas unidas em nome do Senhor.


24 A prece produz vibrações e pensamentos reconstrutivos, alcançando o ambiente vivo dos cérebros e dos corações. Em razão disso, ainda mesmo sem os fenômenos da mediunidade e sem os recursos materiais para a extensão da caridade, a prece pura e sem artifícios, em si mesma, já constitui um estandarte de auxílio positivo, cuja difusão de bênçãos não podemos apreciar.


25 Assim, meus queridos amigos, paizinhos de meu coração, ajudemo-nos nesse sentido.

26 As meninas, principalmente, necessitam de nossa realização. E não nos esqueçamos de que amparando aos nossos, estaremos auxiliando aos outros, aos nossos companheiros da Humanidade.


27 Mãezinha querida e paizinho abençoado, recebam com todos os nossos afetos o meu carinho de todas as horas. Que Jesus nos auxilie em nossa marcha de fé renovadora na Terra, em busca de nossa união com a Vida Superior, são os votos ardentes da filha e irmã que não os esquece.


Terezinha



Psicografia em Reunião Pública.
Data — 15-9-1952.
Local — Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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