O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Seara dos médiuns — Emmanuel


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Reforma íntima

Reunião pública de 9-12-1960.

Questão n.º 350.


1 Quando a espiritualidade sublime te clareou por dentro, passaste a mentalizar perfeição nas atitudes alheias. Entretanto, buscando, aqui e ali, padrões ideais de comportamento, nada mais recolheste que necessidades e negações.

2 Irmãos que te pareciam sustentáculos da coragem tombaram no desânimo, em dificuldades nascentes; 3 criaturas que supunhas destinadas à missão da bênção, pela música de carinho que lhes vibrava na boca, amaldiçoaram leves espinhos que lhes roçaram a vestimenta; 4 companheiros que se afiguravam troncos na fé resvalaram facilmente nos atoleiros da dúvida, 5 e almas que julgavas modelos de fidelidade e ternura abandonaram-te o clima de esperança, nas primeiras horas da luta incerta.

6 Sofres, exiges, indagas, desarvoras-te…

7 Trilhando o caminho da renovação que te eleva, solicitas circunstâncias e companhias em que te escores para seguir adiante; contudo, se estivesses no plano dos amigos perfeitos, não respirarias na escola do burilamento moral.

8 O Universo é governado por leis infalíveis.

9 “Dai e dar-se-vos-á” — ensinou Jesus. ( † )
Possuímos, desse modo, tão somente aquilo que damos.

10 Se aspiras a receber a simpatia e a abnegação do próximo, começa distribuindo simpatia e abnegação.

11 O entendimento na Doutrina Espírita esclarece-nos a cada um que é loucura reclamar a santificação compulsória e, sim, que é dever simples de nossa parte operar a própria transformação para o bem, a fim de que sejamos para os outros, ainda hoje, o que desejamos sejam eles para nós amanhã.

12 É possível estejas atravessando a estrada longa da incompreensão, pedregosa e obscura.

13 Façamos, porém, suficiente luz no próprio íntimo, e a noite, por mais espessa, será sempre sombra a fugir de nós.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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