O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Seara dos médiuns — Emmanuel


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Dever espírita

Reunião pública de 23-5-1960.

Questão n.º 137.


1 Com muita propriedade, afirmou Allan Kardec que os Espíritos elevados se ligam de preferência aos que procuram instruir-se.

2 E quem busca instruir-se, escolhe o caminho do esforço máximo.

3 Todo educandário é instituto de disciplina.

4 Entretanto, aqui e ali, aparecem alunos viciados em recreio e preguiça, suborno e cola.

5 Estes, contudo, podem obter as mais brilhantes situações, no jogo das aparências, mas nunca o respeito e a confiança dos professores dignos do título que conquistaram.


6 Na Doutrina Espírita, escola maternal de nossas almas, há mais de um século surgem aprendizes de todas as condições.

7 Aos que pediam fenômenos para alicerçar a convicção, foi concedida pelos instrutores da Humanidade a mais alta cópia de francas demonstrações da sobrevivência.

8 As pesquisas rigorosamente científicas de William Crookes ( † ) e as respostas positivas do Plano Espiritual valeram por insofismável testemunho da verdade, a benefício de todo o orbe, e, porque os discípulos da Nova Revelação se espalhassem por toda parte, as experiências foram examinadas e são, até hoje, reexaminadas, sob variada nomenclatura, em todas as direções.

9 Os tarefeiros do ensinamento espírita, por isso, não podem esquecer a obrigação de preservá-lo a cavaleiro de todas as investidas dos alunos ociosos, que nada procuram senão divertir e polemizar.

10 Vê-los-emos, em todos os lugares, sempre dispostos a pentear as ocorrências e expor de público as caspas recolhidas, para o espetáculo das discussões sem proveito.


11 Resguardemos a mensagem edificante do Espiritismo contra aqueles que tomam o fruto da lição, perdendo tempo em repetidas e inúteis perquirições sobre a casca, com deliberado abandono da substância.

12 Há dois milênios se agita a opinião da Terra em torno do Cristo, organizando-se, em nome dele, guerras e conchavos, disputas e controvérsias, dietas e conselhos, interpretações e perseguições, mas o que permanece firme, através do tempo, é a palavra do Evangelho.

13 Armem-se os caçadores de fenômenos como desejem, e detenham, como puderem, os elementos que a vida endereça à necessária renovação.

14 Todo fenômeno edifica, se recebido para enriquecer o campo da essência.

15 Quanto a nós, porém, estejamos fiéis à instrução, desmaterializando o espírito, quanto possível, para que o Espírito se conheça e se disponha a brilhar.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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