O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Renascimento espiritual — Familiares diversos


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Fernando Augusto Veríssimo Bonifácio

NASCIMENTO: 21 de setembro de 1975 — DESENCARNAÇÃO: 02 de junho de 1984

Fernando Augusto, com 8 anos cursava a 3.º série do 1.º grau no Colégio Santos Anjos, no Planalto Paulista.

Criança carinhosa, desde cedo manifestou o desejo de ser médico. Com sua maleta médica, brinquedo que ganhara dos pais, consultava amigos e funcionários do edifício em que residia e, por isso, ser carinhosamente apelidado de “Doutor”.

Não se prendia muito aos brinquedos comuns, sua obsessão por palavras cruzadas e quebra-cabeça ocupava-lhe as horas. Conseguia montar peças de quebra-cabeças com milhares de recortes.

Religiosidade apurada, espontâneo em suas orações, agradecia a Jesus pela saúde da família não imaginando que a sua estava prestes a sucumbir.

Em abril de 1984 começou a sentir fortes dores na cabeça, diagnosticadas como “Enxaqueca e adenoide”. Mesmo medicado essas dores não passavam.

Em exames mais profundos, constatou-se tumor benigno na hipófise. Em 40 dias vários exames foram feitos até a colocação de uma válvula no cérebro. Nesse período começaram pequenos distúrbios na visão, dificuldades para escrever. Cirurgiado durante onze horas e quarenta minutos quando foi extraído esse tumor.

Apresentando alterações em seu metabolismo, veio a desencarnar em 2 de junho de 1984.


MENSAGEM


“Consola-me verificar que na Vida Espiritual os meios de comunicação realmente são mais ricos. Por isso lhe trago os meus sentimentos em forma de “somente amor”, a fim de asseverar-lhe que não me esqueço da querida família.”

1 Querida mãezinha Beth, associo o papai Carlos ao abraço com que festejo a sua presença, sem me esquecer de nossa Juliana.

2 Mamãe, noto que o seu carinho espera minhas palavras, no entanto, sou ainda tão pobre de expressões que não tenho outras que exprimam o meu reconhecimento que não sejam aquelas que falam das alegrias do coração.

3 Muito obrigado! Veja bem a significação destas palavras. Muito obrigado, a meu ver, me fala da obrigação de ser agradecido. E isso a mãezinha Beth já sabe que sou.

4 Às vezes, em minha vida nova, me perco à procura de recursos que me façam claro na gratidão, mas chego a concluir que as palavras são como os tijolos para uma construção. Frios e ásperos. Consola-me verificar que na Vida Espiritual os meios de comunicação realmente são mais ricos. Por isso lhe trago os meus sentimentos em forma de “somente amor”, a fim de asseverar-lhe que não me esqueço da querida família.

5 Mãezinha, sei que o seu trabalho é incessante. As suas horas são todas ocupadas em serviço e louvo a Deus por sua decisão de agir, talvez em demasia, para resguardar-se com mais segurança contra qualquer pensamento inútil ou vazio. Lutas tê-las-emos sempre.

6 Os Orientadores Espirituais nos dizem aqui que, na Terra, muito grande é a mistura das inteligências em graus diversos de evolução para que os melhores auxiliem aos companheiros da retaguarda em nos referindo a sentimentos.

7 Voltei muito verde ao Mundo Novo em que me encontro, mas já percebo as matérias que nos ensinam aqui, alertando-nos para o aproveitamento do tempo. E, se eu fosse um professor, eu lhe daria nota dez com a máxima distinção ao vê-la cumprindo tantos deveres ao mesmo tempo.

8 Que a sua bondade esteja amparada no desempenho com seus companheiros de ação. Mamãe Beth, o papai não está presente, mas peço-lhe transmitir a ele o meu abraço, dizendo-lhe que a família é o nosso mais alto santuário na Terra.

9 Da família recebi todos os rudimentos para o meu aprendizado de agora e, com a família no coração, espero prosseguir conquistando melhores conhecimentos.

10 Graças a Deus fui confiado aos pais queridos e sou feliz por isso. Digo isso, em homenagem ao lar feliz que meu pai e minha mãe sempre souberam honrar com os mais nobres exemplos.

11 Peço à nossa querida Juliana a luz da felicidade e confio em que Deus nos protegerá a todos em nossa marcha.

12 Querida mãezinha Beth, vou encerrar esta carta do coração, porque não posso dominar a caneta, qual se fosse eu o único participante desta reunião, em que vejo tantos irmãos desejosos de manifestar o que sentem. Acredite que os amo cada vez mais e rogo a Jesus para que os meus queridos pais estejam felizes e fortes.

13 Ao reuni-los em meus braços agora crescidos e mais resistentes, peço à mãezinha, ao papai e à irmãzinha sempre amiga, receberem as muitas saudades no abraço do filho e irmão sempre reconhecido.


Fernando Augusto

Fernando Augusto Veríssimo Bonifácio


ESCLARECIMENTOS


Pais: Carlos Veríssimo Bonifácio e Elizabeth Sartori Bonifácio.

Endereço: Rua Tito Lívio, 61, Apto. 53-D, Jd. Aeroporto, São Paulo. Capital.

Irmã: Juliana Veríssimo Bonifácio.


Rubens S. Germinhasi


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