O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Resgate e amor — Mensagens familiares de Tiaminho


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Meu “Tiamo”

Exatamente 91 dias após a partida de Tiamo para o Plano Espiritual, numa noite, encontrei-me tão desesperada, com tanta saudade, tão preocupada pensando nele, julgando que talvez meu filho estivesse pedindo por mim ou com saudade do lar.

Estava sozinha, pois as meninas tinham ido até a casa da tia, o Hélio ainda não havia retornado do trabalho e as serviçais já estavam recolhidas em seus quartos.

Então, sentei-me diante do oratório e me preparei para a oração. Nós temos o hábito de orar juntos e o fazemos à moda budista, com a vela e o incenso acesos.

Fixada na fotografia do Tiamo que fica no oratório, eu desesperada chamava pelos nossos antepassados (o budista conta muito com a ajuda dos antepassados) e disse:

“Se é verdade que os senhores vêm nos socorrer, então, por favor, cuidem muito, com muito carinho, do meu Tiaminho; não deixem que ele chore pedindo por mim, conversem muito com ele, por favor…”

Não sei quantas vezes eu repeti as mesmas palavras, porém, lembro-me de que estava com o peito sufocado de saudade.

Então, eu que chorava tanto, de repente, vi a chama da vela do lado esquerdo (acendemos uma vela em cada lado do oratório) crescer tanto, tanto, que comecei a me impressionar.

No início, não entendia do que se tratava pois a chama silenciosamente subia e descia devagar.

Parecia automaticamente ligada no meu pensamento e no que eu falava pois, a chama descia quando me aquietava e, quando voltava a falar, subia novamente.

A certa altura perguntei, expressando-me por palavras, se estava me respondendo e, então, a chama subiu tão alto, cerca de 15 a 20 centímetros. Fiz a mesma pergunta por mais três vezes e a chama subiu todas as três vezes.

Pedi muito pela paz do Tiaminho, mas, de repente, caí em mim e comecei a ter tanto medo que os meus joelhos não me sustentavam para que eu saísse da cadeira.

Quando o Hélio voltou, foi difícil explicar-lhe tudo o que ocorreu, mas a vela a que me referi estava bastante gasta, com tamanho bem menor que a outra.


Sayoko Daikuara


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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