O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Paz e libertação — Autores diversos


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Mensagem ao professor Levino Albano Conceição

[Exímio violinista, cego desde os sete anos de idade.]

1 Meu amigo, que as flores da paz de Jesus possam desabrochar em teu coração, enchendo-te a alma toda de claridades divinas.

2 Teu espírito desejaria uma palavra de nossa parte que te viesse orientar no labirinto de todas as preocupações, da vida material. 3 Sofre, desassombradamente, a provação que a misericórdia divina te reservou na face da Terra. 4 A vida no exílio terrestre vale pela sua expressão de sacrifício e de aprendizado. 5 As amarguras que encontraste no mundo têm suas causas profundas no passado obscuro e caliginoso.

6 Houve um tempo em que não soubeste perceber as grandiosidades da lei divina da fraternidade e do amor, e foste tu quem, contemplando o pretérito cheio de sombras, quiseste renascer, organizando um mapa de amarguras purificadoras. 7 Quiseste perambular no mundo, através de todas as dificuldades, vencer nos caminhos tristes e escuros, para levar aos que sofrem o valor de tua coragem e o apoio do teu coração. 8 Quiseste conhecer a cegueira para ajudar a quantos se encontram sob as suas cruzes na face do orbe terrestre. E vieste e venceste. 9 E bem sabes que mais mérito possuem todos aqueles lavradores que encontraram obstáculo e a terra ingrata para a germinação de sua semente. A tua obra e a tua ação sempre e constantemente representam esse trigo raro.

10 Na balança de Deus, porém, esse fruto de sacrifício é mais doce. Continua em teu apostolado fraterno. Espíritos abnegados e amigos estendem-te as mãos, do Plano espiritual, e a sua proteção constitui para o teu esforço o maior penhor de tua vitória.

11 A cegueira física é quase sempre a melhor forma para que se estabeleça a plena visão espiritual. 12 No teu mundo interior, onde espraias o teu olhar nas regiões divinas da inspiração e da imortalidade, conserva sempre o culto da beleza, do amor e da fraternidade, em hinos de esperança no porvir glorioso que te aguarda, no mundo espiritual onde, se bem souberes escalar o calvário dos teus sacrifícios, receberás a láurea de vencedor, em compensação do teu desassombro e do teu heroísmo!

13 Esperando, pois, que conserve teu idealismo acima de todas as inquietações e de todas as angústias da vida material, peço a Jesus que te ampare, concedendo-te todas as possibilidades para que te desincumbas das tuas suaves obrigações de missionário da harmonia.

14 Ora, crê, trabalha e espera, um dia, quando entoares o hino de amor a Deus, despertarás na visão larga e divina de todas as coisas. Teus amargores estarão terminados. Teus sonhos levados a efeito no belo plano de todas as concretizações. Teu passado estará redimido. 15 Uma onda de luz banhará, então, os teus olhos numa ressurreição de vida gloriosa e as mãos suaves e doces do Divino Jardineiro terão plantado para sempre em tua alma os lírios maravilhosos da Imortalidade radiosa e da eterna esperança.


Emmanuel

Belo Horizonte, 6 de abril de 1937.



Essa mensagem foi publicada originalmente em 1993 pela UEM e é a 1ª lição da 3ª parte do livro “Chico Xavier — Mandato de amor.”


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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