O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Palavras de vida eterna — Emmanuel


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Aprimoremos

“Não extingais o espírito.” — PAULO (1 Tessalonicenses, 5.19)


1 Saibamos estender os valores do espírito.

2 Observa a estrada nobre que te oferece passagem com segurança e lembra-te de que ainda ontem era trato de terra inculta.

3 Serpentes insidiosas aí acalentavam a peçonha que se lhes acumulava no seio, enquanto vermes famintos se amontoavam no mato agreste.

4 Mas chegaram braços amigos e abnegados, atentos à disciplina…

5 Maquinaria enorme trabalhou a cabeleira verde da gleba, harmonizando-lhe as linhas; picaretas extraíram-lhe os pedrouços semelhantes a flegmões cristalizados; o cimento pavimentou a trilha aberta, e a organização lhe imprimiu determinada ordem aos movimentos.

6 Quantos semblantes suarentos para que a obra surgisse, quantos dedos quebrados, quantos lidadores rendidos aos acidentes inevitáveis e quantas inquietações por eles vencidas, não podes realmente saber, mas podes reconhecer que foi o trabalho inteligente — luz divina do espírito humano — a força, que te facultou a vitória sobre a distância.

7 Cada vez que a viagem te suprime ansiedades e poupa aflições, ainda mesmo que, por agora, não saibas agradecer, a estrada te partilha a tranquilidade e o contentamento, envolvendo os operários anônimos que a construíram em sublime coro de bênção.

8 Analisa semelhante lição, encontradiça em cada canto de rua, e não olvides que a ignorância é também aflitiva selva no mundo. Abracemos o serviço da educação e da bondade, com alicerces na disciplina do Cristo, que é para nós outros, o Engenheiro Celeste, e tracemos novos caminhos de evolução e de entendimento, em que as almas se aproximem na exaltação da alegria e na ascensão do progresso.

9 Não importa sejamos hoje artífices sem nome. Vale o serviço feito.

10 Humilde réstia de luz que acendermos envolver-nos-á em seu clarão e a pequenina semente de fraternidade que venhamos a lançar no solo da vida abençoar-nos-á com os seus frutos.


Emmanuel



(Reformador, maio de 1959, p. 98)


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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