O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Palavras sublimes — Autores diversos


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A cruz

1 Disse o homem à cruz que o constrangia:
— Detestável prisão ingrata e feia,
Atormentas minh’alma que te odeia,
Escarneces meus sonhos de alegria!


2 Que fogo pavoroso te incendeia?
Que te fez para o inferno da agonia?
Por que me prendes, pedra horrenda e fria,
Ao teu corpo que lágrimas ateia?


3 A cruz, porém, clamou serena e certa:
— Sou a chave de dor que te liberta
Do abismo que estendeste a toda parte!


4 Não me percas na sombra de teus dias.
Sem meus braços, jamais alcançarias
O Senhor que me fez para salvar-te! n


Antero de Quental




Reformador —  Dezembro de 1948.


[1] Consta do original a informação de que esse soneto foi psicografado em 15 de dezembro de 1948, em Belo Horizonte.


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