O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

Índice | Página inicial | Continuar

O Espírito de Cornélio Pires — Cornélio Pires — F. C. Xavier / Waldo Vieira / Elias Barbosa


10 n


(46)

Paixão de “Sá” Biluva

1 João da Mata espichou no boqueirão.
Tirava pau no Morro do Esqueleto
Para o serviço novo do coreto,
Caiu, gritou… Morreu de supetão.


2 “Sá” Biluva na Roça do Pilão,
Magrela de paixão que nem graveto,
Vivia de clamar, toda de preto:
— “Quero ver João, meu Deus! Quero ver João!…”


3 O Espírito de João, com dó da viúva,
Veio uma noite e disse: — “Sá” Biluva
Não chore, minha velha! Eu não morri!…”


4 Mas Biluva, assungando a cruz de ferro,
Rebolou no colchão, soltando um berro:
— “Te arrenego, capeta! Sai daqui!…”




47 — “Felicidade é a soma” —
Disse Marinho Irajá —
“Não daquilo que se toma,
Mas daquilo que se dá.”


48 Longevidade não vem
Nem de fartura ou de fome.
Longevidade é comer
Metade do que se come.


49 “Devagar que tenho pressa”,
Contudo, guarda a certeza
De que a preguiça começa
Na casa da vagareza.


50 Nem sempre os males são males
Por mais que males divises;
Onde a lei acha culpados
O amor encontra infelizes.


Cornélio Pires


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

Abrir