O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Novo mundo — Entrevistas — Emmanuel


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Entrevista ao jornal “O Espírita Mineiro”

1 — Qual a opinião dos Benfeitores Espirituais sobre o chamado “bebê de proveta”, recentemente obtido na Inglaterra?

— Os Amigos da Espiritualidade consideram a realização com o melhor otimismo, desde que o óvulo fertilizado em proveta por autoridades competentes, para implantação no claustro feminino, revele senso de maturidade espiritual na mulher que assume a maternidade consciente, em plenitude de responsabilidade ante a vida que passa a acalentar no regaço próprio.


2 — Isso significará progresso na estrada humana?

Sim, porque, enquanto o homem estiver socorrendo a mulher que aspira a ser mãe, aceitando voluntariamente os encargos decorrentes dessa tarefa, a Ciência terrestre estará colaborando com a natureza amparando-lhe os processos de autopreservação.


3 — O homem age corretamente entrando, qual vem fazendo, nesses problemas da genética?

— O homem cumpre um dever cooperando com a natureza nesse sentido, abstendo-se de experiências extravagantes que não teriam razão de ser.

Aliás, a Divina Sabedoria oferece ao homem determinados recursos de evolução que o próprio homem se vê impulsionado a aperfeiçoar.

Descoberto o fogo, a inteligência terrestre esmerou-se em aprender como aproveitá-lo.

Conquistada a força elétrica, a Ciência, até agora, ainda lhe estuda os efeitos e aplicações.


4 — O Plano Espiritual possui razões específicas para apoiar a gestação da criança de proveta?

— Uma dessas razões, mais que justas, será observar na mulher a disposição à maternidade, atendendo mais à ação que ao instinto.

Outro motivo para desejarmos todos amplos sucessos nessas experiências, será a diminuição nos processos de aborto nos quais milhares de criaturas se empenham a débitos complicados, prejudicando amigos desencarnados em vias de novo nascimento no Plano Físico e prejudicando a si mesmas.


5 — A intervenção do homem na embriologia não trará ensanchas a experiências infelizes?

— Quando destacamos a excelência da colaboração humana na gênese do corpo, com a fertilização do óvulo feminino em proveta, a fim de que o ovo seja entregue à nidação no claustro materno, não nos reportamos aos experimentadores cruéis, capazes de provocar fenômenos teratológicos, de vez que semelhantes inteligências, conforme esperamos, serão controladas pelas autoridades chamadas a legislar no relacionamento entre as criaturas.


6 — Os Amigos Espirituais consideram a possibilidade da Ciência criar um aparelhamento especial que substitua o claustro materno em suas funções?

— A Ciência indiscutivelmente poderá chegar até lá, no entanto, por muito tempo ainda, será prudente permanecer o homem no aperfeiçoamento da fertilização do óvulo para a condução do ovo ao ninho maternal.

Nesse sentido é muito provável vejamos na Terra as amas de gestação, como já se conhecem as amas de leite ou as amas guardiãs da criança.

Observando-se o assunto, nas implicações remotas que ele envolve, as amas de gestação deverão ser, decerto, submetidas a testes de afinidade, saúde, empatia e resistência física, antes de se lhe contratarem os serviços atinentes à formação dos nascituros. Isso é mais que natural, sem que haja qualquer diminuição do amor entre pais e filhos.


Francisco Cândido Xavier

Emmanuel


(Jornal “O Espírita Mineiro”, Belo Horizonte, Minas. — Setembro / outubro / novembro / dezembro 1978.)


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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