O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Mãos unidas — Emmanuel


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A caminho do Cristo


“Se algum quer vir após de mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me”. — Jesus (Mateus, 16.24)


1 Carregar nossa cruz, a caminho do Cristo, será abraçar as responsabilidades que nos cabem, no setor de trabalho que ele próprio nos confiou.

2 E, na adesão ao compromisso esposado, urge não esquecer que as nossas dificuldades podem ser modificadas, mas não extintas.


3 Sem obstáculos, cairíamos na inércia. E é forçoso avançar sem esmorecer para evoluir.

4 Em quaisquer circunstâncias, cumpre-nos trabalhar, aceitando-nos com as imperfeições que ainda trazemos, realizando o melhor ao nosso alcance, a perceber que sem o conhecimento de nossas próprias fraquezas, tombaríamos no orgulho.

5 Ouvir remoques e reprovações, aguentando os aguilhões candentes da acusação e da crítica, aprendendo que sem isso, não conseguiríamos efetuar os nossos singelos exercícios de paciência e de humildade.

6 Reconhecer, em todos os empeços da estrada, que transitória incompreensão alheia é parte importante do programa.

7 De quando a quando, ela nos sacode as construções espirituais, verificando-lhes a firmeza. E, às vezes, em semelhante, prova, nos desnuda a solidão.

8 Entretanto, é preciso seja assim. De tempos a tempos, é imperioso atravessar a solidão, a fim de que sejamos impulsionados ao esforço máximo, porque, sem esforço máximo, não obteríamos a desejada renovação.

9 Contradições teremos sempre, de vez que as contradições nos obrigam ao estudo e, sem estudo, o raciocínio se nos jaz ao nível da rigidez espiritual.

10 Chamados a amar e auxiliar aos que se nos opõem, é necessário amá-los e auxiliá-los com a tolerância e a bondade com que o Divino Mestre nos amou e auxiliou, incessantemente, enquanto nos opúnhamos a ele.

11 Para nós que aceitamos a jornada para a integração com Jesus, não há possibilidade de recuo, porque a desistência da luta pela vitória do bem significa perturbação e não equilíbrio, rebeldia e não fé.


12 Em suma, carregar nossa cruz será, desse modo, romper com os milênios de animalidade em que se nos sedimenta a estrutura da alma, principiando por acender as possíveis réstias de luz na selva de nossos próprios instintos, recebendo, pela fidelidade ao serviço, a honra de trabalhar, em Seu Nome, não através de méritos que ainda não possuímos, mas em razão da misericórdia, da pura misericórdia que Ele nos concedeu.


Emmanuel


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