O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Mãe — Autores diversos


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Celina

1 Quando elevamos ao céu o nosso olhar suplicante, há para todos nós, os que se afligem na provação, uma carinhosa e compassiva mãe que nos ampara e consola.

2 Compadece-te da nossa dor, contempla-nos com misericórdia e manda-nos então o anjo da sua bondade para balsamizar os nossos padecimentos… É Celina, a suave mensageira da Virgem, a Mãe de todas as mães, o gênio tutelar da Humanidade sofredora…

3 Quando o pranto aflora nos olhos das que são filhas e irmãs, das que são esposas e mães na Terra, no coração das quais, muitas vezes, se concentra a amargura, vem Celina e toma-as nos seus braços de névoa resplandecente e, através dos ouvidos da consciência, lhes diz com brandura: “Veio a dor bater à vossa porta? Coragem… Não vos desanimeis nas ásperas lutas que objetivam o vosso aprimoramento moral. Pensai Naquela que teve sua alma recortada de martírios, lacerada de sofrimentos, atormentada de angústias. Ela se desvela do céu por todas aquelas almas que escolheram suas pegadas de mãe amorosa e compassiva.

4 Foi ela que escutou a oração da vossa fé e me enviou para que eu vos desse as flores do seu amor sacrossanto, portadoras da paz, da humildade e, sobretudo, da paciência, porque o acaso não existe e tudo na vida obedece a uma lei inteligente de causalidade que foge aos vossos olhos, que se sentem impossibilitados de ver toda a verdade: Tomai as minhas mãos! Cumpri austeramente todos os vossos deveres, fechai os vossos olhos àquilo que pode obstar os vossos passos para a luz e caminhai comigo…

5 Os anos são minúsculas frações de tempo, e, um dia, sem vos deterdes com o cansaço, chegareis aos pés daquela que é a vossa mãe desvelada de todos os instantes!…”

6 E todas aquelas que a ouvem, sentem-se sustentadas por braços tutelares, na noite escura das dores, e, vertendo lágrimas amargosas, preparam-se e se iluminam na pedregosa senda da virtude para respirarem os ares felizes do encantado país onde desabrocham os lírios maravilhosos da esperança.


Maria João de Deus


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