O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Chico Xavier pede licença — Autores diversos — F. C. Xavier / J. Herculano Pires


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Provas e bênçãos n

Emmanuel


1 Esforçando-te por superar dificuldades e contratempos, nas áreas da reencarnação, recorda o patrimônio das bênçãos de que dispões, a fim de que os dissabores e empeços educativos da existência não te sufoquem as possibilidades de trabalhar e de auxiliar.

2 Atravessas incompreensões e tribulações em família, entretanto possuis saúde relativa e recursos ainda que mínimos para vencê-las construtivamente até que se extingam de todo.

3 Sofres com os entraves do parente difícil, todavia guardas contigo a luz da compreensão de modo a ajudá-lo a solver os conflitos e inibições de que se sente objeto.

4 Trabalhas afanosamente na proteção econômica indispensável a vários entes queridos, mas não te escasseiam energias e oportunidades de serviço, a fim de ampará-los até que te possam dispensar o concurso mais intenso.

5 Respondes por determinadas tarefas de socorro material e espiritual, a benefício de muitos, e em muitas circunstâncias sentes a presença da exaustão; no entanto, aparecem providencialmente criaturas e acontecimentos que te refazem as forças para que a obra continue.

6 Assumiste pesadas obrigações que te compelem a enormes prejuízos a favor de outrem, e, por vezes, te supões na total impossibilidade de satisfazer aos compromissos próprios; contudo, novo alento te visita o espírito e pouco a pouco atinges a liquidação de todos os débitos que te oneram a responsabilidade.

7 Em todas as provas que te assaltem os dias, considera a quota das bênçãos que te rodeiam, e, escorando-te na fé e na paciência, reconhecerás que a Divina Providência está agindo contigo e por teu intermédio, sustentando-te, em meio dos problemas que te marcam a estrada, para doar-lhes a solução.


Financiamento espiritual


Irmão Saulo


A reencarnação é uma espécie de empreendimento a que o espírito se abalança no mundo. Ao deixar o plano espiritual para voltar à Terra, ele já tem em mente o seu programa. Sua permanência fora do corpo permitiu-lhe fazer o balanço completo de seus misteres e possibilidades. Apurou o deve e o haver na contabilidade da vida e planejou o seu reequilíbrio financeiro. Vem para a Terra com certos recursos para os investimentos necessários. Dispõe das moedas da compreensão, da esperança, da resignação, do discernimento, da coragem, da fé e da paciência. São os recursos da experiência anterior amealhados no Banco da Consciência.

Mas nem sempre, na voragem das transações humanas, os recursos próprios são suficientes. Há momentos em que parece impossível cambiar as moedas espirituais pelas moedas terrenas. Os desajustes e as incompreensões no lar, os desacertos na profissão, a incompreensão dos amigos e a ganância dos companheiros, a ambição e a frieza dos corações, superam de muito a resistência do espírito. É então que ele precisa recorrer ao Banco da Consciência, escudado na fé e na paciência, para obter financiamento espiritual.

Emmanuel coloca esse problema na mensagem em estudo, advertindo-nos de que tudo depende de nós mesmos. Nossos próprios recursos, embora mínimos, respondem pelo crédito de que necessitamos. Basta recorrer aos depósitos de fé e paciência que trazemos em nós, para que tudo se solucione. Não há necessidade de endossantes terrenos. A economia divina funciona acionada pelos mecanismos internos do espírito. Por isso mesmo, não há o perigo da recusa por parte de banqueiros da Terra. E, assim sendo, não pode haver desespero por parte do Espírito necessitado.

A fé e a paciência são as grandes molas que nos sustentam e nos impulsionam na execução de nossos compromissos espirituais. Basta examinarmos a conta-corrente do nosso dia a dia para vermos quantos créditos eventuais nos foram abertos de surpresa, nas horas mais amargas. São as bênçãos que amenizam as provas no empreendimento da reencarnação.



[1] Esta mensagem foi publicada originalmente em 1971 pela FEB e é a 3ª lição do livro “Rumo certo.”


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