O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Ceifa de Luz — Emmanuel


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A mestra divina

“Estai, pois, firmes…” — PAULO (Efésios, 6.14)


1 Arrancando-nos ao reduto da delinquência, e arrebatando-nos ao inferno da culpa, a que descemos pelo desvario da própria vontade, concede-nos o Senhor a mestra divina, que, apoiada no tempo, se converte na enfermeira de nossos males e no anjo infatigável que nos ampara o destino.


2 Paciente e imperturbável, devolve-nos todos os golpes com que dilaceramos o corpo da vida, para que não persistamos na grade do erro ou nos cárceres do remorso.


3 Aqui, modela berços entre chagas atrozes com que nos restaura os desequilíbrios do sentimento, 4 ali traça programas reparadores entre os quais padecemos no próprio corpo as feridas que abrimos no peito dos semelhantes.

5 Agora, reúne nos laços do mesmo sangue ferrenhos adversários que se digladiavam no ódio para que se reconciliem por intermédio de prementes obrigações, segundo os ditames da natureza; 6 depois constrange à carência aflitiva, no lar empobrecido e doente, quantos se desmandaram nos abusos da avareza e da ambição sem limites, a fim de que retornem ao culto da verdadeira fraternidade.

7 Hoje, refaz a inteligência transviada nas sombras, pelo calvário da idiotia, 8 amanhã, recompõe com o buril de moléstias ingratas a beleza do espírito que os nossos desregramentos no corpo transformam tantas vezes em fealdade e ruína.


9 Aqui corrige, adiante esclarece, além reajusta, mais além aprimora.


10 Incansável na marcha, cria e destrói, para reconstruir ante as metas do bem eterno, usando aflição e desgosto, desencanto e amargura, para que a paz e a esperança, a alegria e a vitória nos felicitem mais tarde, no santuário da experiência.


11 Semelhante gênio invariável e amigo é a dor benemérita, cujo precioso poder sana todos os desequilíbrios e problemas do mal.


12 Recordemos: no recinto doméstico ou na estrada maior, ante os amigos e os desafetos, na jornada de cada dia, quando visitados pela provação que nos imponha suor e lágrimas, asserenemos o próprio espírito e, sorrindo para o trabalho com que a dor nos favorece, agradeçamos a dificuldade, aceitando a lição.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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