O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Bênçãos de amor — Autores diversos


7

Desobsessão

1 O amigo menos feliz da Espiritualidade, ao qual tantas vezes gravamos com o pejorativo de “obsessor”, é sempre uma afeição que se transfigurou na retaguarda, metamorfoseando amor em ódio e simpatia em desacordo.

2 É sempre a criatura que anexamos ao distrito espiritual de nossos próprios interesses e esperanças.


3 Não se transformará em definitivo por força de palavras que possamos pronunciar, e nem se anestesiará ao contato de promessas que venhamos a formular.

4 É sempre a criatura que nos observará, quanto às ideias e planos de melhoria e elevação que anunciamos.


5 Possivelmente, em muitas ocorrências, respeitará a autoridade e a influência de benfeitores que nos advoguem a causa de libertação e paz, reajuste e segurança, mantendo-se, porém; transitoriamente à distância.

6 Entretanto, mesmo de longe; os amigos categorizados na condição que examinamos, prosseguem policiando-nos a vida e assinalando-nos os passos.

7 Por isso mesmo, desobsedar-se será, antes de tudo, servir e servir, servir sem propósito de obter qualquer retribuição, servir por amor para demonstrarmos o proveito das lições de aperfeiçoamento em que vamos evoluindo.


8 Não nos esqueçamos.
Os adversários que levantamos contra nós mesmos esperam por nós na seara do trabalho e da bênção.


9 O suor que derramamos no dever a cumprir ser-lhes-á a certidão de nosso burilamento e as lágrimas que vertamos, no auxílio ao próximo, serão as faíscas de luz que nos clarearão o caminho, do qual partilharão todos eles, tanto quanto nós mesmos, transformados e reconduzidos às leis de harmonia que nos governam.


10 Filhos, repitamos: Auxiliar aos outros é a forma de auxiliar-nos; 11 desculpar é exonerar-nos do desequilíbrio que porventura ainda nos assinala o coração; 12 suportando com paciência, seremos tolerados com a grandeza daqueles que nos supervisionam a jornada; 13 amar e esquecer-nos é o processo de sermos lembrados nos suprimentos da Vida Superior e sempre mais amados para sermos, um dia, o Amor de Cristo que nos convidou à felicidade suprema, asseverando convincente: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.” ( † )

Bezerra


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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