O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Ação, Vida e Luz — Autores diversos


1

Necessidade de ação

1 Os casos particulares não me permitem ser demasiado extenso, mas não me furto ao desejo de vos dizer duas palavras, corroborando a explanação elucidativa junto das preces da noite.


2 Espiritismo, filhos, é luz, e é necessário que cada um daqueles que o abraçam procure brilhar, testemunhando a sua claridade.


3 As nossas mensagens, a possibilidade de comunicação entre os dois mundos, são permitidas por Deus, a fim de que o homem vislumbre as realidades espirituais, aplicando-as à sua passageira vida na Terra.


4 É necessário cessar a época do verbalismo vazio. Há muitos séculos a humanidade tem vivido uma época de pura predicação sem exemplos.

5 O que temos visto em todos os tempos?
Tribunas, púlpitos, livros, prolixidade de pedagogia gratuita, dentro de uma multiplicidade assombrosa de demagogos e de arautos.


6 Chegaram os tempos da iniciativa própria, do esforço pessoal em favor da iluminação consciencial do indivíduo, perdido no oceano da coletividade.


7 Cada homem deve e pode possuir qualidade autodidata.
Os espíritas necessitam compreender essa necessidade de ação no campo individual.
Ação essa que se irradiará naturalmente para o mundo largo das sociedades.
Sem o esforço nada se terá feito.


8 As obras de caridade material têm sido edificadas pela Igreja Católica.
Seus hospitais, seus orfanatos, suas freiras, seus conventos, onde se efetuam sopas a pobres e recolhimento dos desvalidos, estão por toda parte.


9 O que os espíritas não estão percebendo é que a eles compete organizar sua consciência verdadeiramente cristã nessa civilização da fome e da febre de ouro.


10 É preciso que se arregimentem os exemplos de predicações pelos atos, trabalhando e enfrentando corajosamente as penúrias da vida, sem estagnação, sem fanatismo, sem recuos para épocas primitivas do pensamento.


11 É doloroso que sejamos mentalidades que deveriam estar afinadas em obras evangélicas, perdidas no lábaro ingrato de doutrinações inoportunas e desnecessárias.


12 Os espíritas precisam saber que obras materiais não faltam no mundo, os grandes colossos de pedra assombram as iniciativas dos mais ousados.


13 Eles ficaram, de fato, com o apostolado da pobreza do Humilde de Assis na restauração do Cristianismo, mas compete-lhes fornecer com os seus exemplos na ação, na tolerância, no trabalho, no esforço, na piedade e na resignação, uma alma a esses gigantes de alvenaria.


14 Faz-me necessário dar calor às cátedras imensas e frias. E esse calor só poderá nascer da fé realizadora e ativa, que trabalha e opera, longe de qualquer cristalização teórica.


15 O tempo da palavra vazia passou.
O tempo atual é dos atos.

16 Aliemos os nossos esforços e trabalhemos.

17 Precedamos qualquer ensinamento com um exemplo de ordem pessoal.


18 O mundo está intoxicado pela generalização da cultura sem base, sem bússola, sem norte espiritual.


19 Aprendamos e pratiquemos, trabalhando, laborando com o nosso desprendimento, sem nos fanatizarmos, dentro das atividades que nos cabe desenvolver e dentro da tarefa que nos cabe desempenhar.


20 Se emprego o “nós”, nestes meus apelos é que também aqui não descansamos.
Não estamos inativos.

21 A luta é condição primordial de qualquer conquista.

22 Aprendamos com Jesus e coloquemos ao seu serviço toda a nossa boa vontade.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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