Há expressivos depósitos de ouro nas organizações bancárias de todos os povos, e as nações continuam gemendo sob o guante da guerra.
Há toneladas de ouro no corpo ciclópico da Terra, e, na crosta planetária, há quem chore nos braços constringentes da enfermidade e da fome.
Há imensa quantidade de ouro no seio do oceano, e a dor abarca todos os continentes.
Há ouro nas casas nobres, e os pequenos castelos da ilusória felicidade humana padecem o assalto de extremas desilusões.
Há ouro nos templos de pedra, e os crentes da fé religiosa permanecem famintos de paz e consolação.
Há ouro na indumentária de sacerdotes e magistrados, de homens poderosos e de mulheres felizes, entretanto, os museus gelados aguardam essas peças preciosas que se movimentam no rumo do silêncio e da morte.
Acima do ouro, porém, reina o amor no coração humano, amor que sorri para os infortunados e lhes renova o bom ânimo, que trabalha para o bem comum e preserva os tesouros da vida, que se sacrifica e acende imperecível [claridade] para séculos inteiros, que se gasta em serviço aos semelhantes sem jamais consumir-se…
Não esperes, portanto, pelo ouro para fazer o bem. Desenterra o talento do amor que jaz oculto em teu peito e tua existência brilhará para os homens por abençoado Sol de alegria e esperança.
Jesus não possuía uma caixa forte para exibir virtude, segurança e poder, mas alçando o próprio coração na cruz, em nome do amor, converteu-se na eterna mensagem de luz que redimirá o mundo inteiro.
Emmanuel
[1] O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original e seu conteúdo, diferindo na palavra marcada e [entre colchetes] foi publicado em 1962 pela FEB e é a 51ª lição do livro “Relicário de luz.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.