A transposição de Plano, para a nossa mente, é muito morosa, considerando-se as necessidades da preparação que nos cabe, em face à Vida Superior.
Somente a grande vida merece a grande morte.
Além do corpo, não há liberação para quem não se liberta.
O trabalho é desconhecido, para quem não trabalha.
A vida abundante, em relação à qual tão claro foi Jesus nas lições da Boa-Nova, ( † ) apenas se revela ao coração que se devotou à vida interna, na prática do bem desde aí.
A união espiritual é uma luz somente para aquele que, ainda no corpo, a procura.
A nossa Esfera aqui é, sobretudo, de continuação ao que teve começo aí.
No Círculo físico, as possibilidades de iniciar ou reiniciar são imensas. Aqui, porém, pelo menos nas atividades vizinhas à crosta planetária, a lembrança, a memória, e a ligação mental, impõem prosseguimento.
Assim sendo, tudo aqui é sono ou semi-inconsciência para quem não despertou pelo trabalho ativo, na matéria densa; desagrado, para quem somente tratou de se agradar, no campo emocional menos construtivo, do corpo; angústia, para quem não exercitou a paciência, atenuando as próprias aflições; e desânimo ou perturbação, para quem não aceitou os benefícios da luta ou entravou a marcha dos que buscavam lidar e lutar com nobreza.
Tudo lógico, vivo, natural. Nem poderia ser de outro modo.
Se vocês não criaram interesses de elevação espiritual para a “Terra Próxima”, o domicílio do Além será menos interessante do que a “Terra de Agora” para vocês.
É necessário reconhecer que se encontram armados, na arena corporal, para muitas e valiosas conquistas.
Quem mais realizar com o bem, mais aquinhoado de dons divinos será fatalmente, pelas forças que o representam.
Não se esqueçam de que pensamento e ação simbolizam sementeira e crescimento. Os dias se encarregam de amadurecer os frutos, de acordo com a [natureza de] nossa plantação.
Neio Lúcio
[1] O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original e seu conteúdo é um excerto entre os indicadores 31 a 47, diferindo bastante nas palavras marcadas e [entre colchetes], de um texto psicografado em 1957 e publicado pela editora VL em 2010, é a 66ª lição do livro “Colheita do bem.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.