“Que farei?” — PAULO (Atos, 22.10)
Muita gente aproxima-se do Evangelho para o culto inveterado do comodismo.
Como dominarei? — Interrogam alguns.
Como descansarei? — Indagam outros.
E os rogos se multiplicam, estranhos, reprováveis, incompreensíveis…
Há quem peça reconforto barato na carne, quem reclame afeições indébitas, quem suspire por negócios inconfessáveis e quem exija recursos para dificultar o serviço da paz e do bem.
A pergunta do apóstolo Paulo, no justo momento em que se vê agraciado pela Presença Divina, é padrão para todos os aprendizes e seguidores da Boa Nova.
O grande trabalhador da Revelação não pede transferência da Terra para o Céu e nem descamba para sugestões de favoritismo ao seu círculo pessoal. Não roga isenção de responsabilidade, nem foge ao dever da luta.
— Que farei? — Disse a Jesus, compreendendo o impositivo do esforço que lhe cabia.
E o Mestre determina que o companheiro se levante para a sementeira de luz e de amor, através do próprio sacrifício.
Se foste chamado à fé, não recorras ao Divino Orientador suplicando privilégios e benefícios que justifiquem tua permanência na estagnação espiritual.
Procuremos com o Senhor o serviço que a sua Infinita Bondade nos reserva e caminharemos, vitoriosos, para a sublime renovação.
Emmanuel
[1] Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas, foi publicada originalmente em 1956 pela FEB e é a 112ª lição do livro “Fonte viva.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.