Reconforto — Emmanuel


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Na luta cristã n

(Na guerra cristã)

Quem abraça os princípios cristãos se converte em soldado d’Aquele que nos disse: — “Eu não venho trazer a paz e sim a espada”. ( † )


Nessas palavras, o Senhor se refere claramente à luta em que nos achamos alistados para o serviço ativo do bem.


O campo belicoso, porém, permanece na intimidade de nós mesmo.


A ação é contra nós, contra as comodidades do “eu”, contra a cristalização do [nosso] egoísmo multissecular que nos caracteriza.


O plano de combate jaz estruturado no Evangelho Renovador, cujas indicações deveremos realmente viver, se aspiramos ao triunfo.


Nossas armas, por isso, na ofensiva contra os inimigos gratuitos e naturais que a nossa posição acordará, são, invariavelmente, o amor, a compreensão, a piedade e o auxílio incessantes.


Reconhecemos, [pois,] que o discípulo da Boa Nova é alguém que se bate contra as deformidades espirituais de si mesmo, trabalhando constantemente pela própria melhoria, de modo a atingir a vitória sobre si próprio, a única que, efetivamente, estabelece o domínio da paz.


Achamo-nos, [desse modo,] em luta — em luta áspera — na fortaleza do próprio coração, informados de que não é possível a movimentação da fraternidade sem inimigos, [em tarefa ativa] já que procuramos expulsar de nós mesmos os velhos sentimentos delituosos, que se nos aninham no próprio ser, sob a capa respeitável da dignidade pessoal [e a fim de incorporarmos à vida íntima os ensinamentos vivos do Mestre salvador].


E notificados de que o próprio Jesus, por amar-nos e servir-nos, não conseguiu escapar ao extremo sacrifício, busquemos eleger a humildade perante o orgulho, o silêncio diante do mal, o serviço à frente do ataque e a serenidade ao lado da violência, por normas ideais de trabalho, seguindo ao encontro da vitória íntima, que nos propiciará o passaporte necessário à conquista da Vida Maior.


Emmanuel



[1] O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original, e seu conteúdo, diferindo bastante nas palavras marcadas e [entre colchetes], foi publicado em junho de 1953 pela FEB no Reformador e é também a 255ª lição do 1º volume do  livro “O Evangelho por Emmanuel.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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