Os [nossos] irmãos reeducandos,
refugiados nas penitenciárias, efetivamente não se encontram
sozinhos.
Retidos em prisões sem grades,
[em] quase todos os lugares da Terra, surpreendemos [os] sentenciados diversos, dentre os quais
salientamos:
os presidiários das tribulações longas e dolorosas;
os réus do remorso, que gemem sob o peso de culpas que ocultam inconfessadas, no imo da consciência;
os detentos da rebeldia, que nunca se satisfazem com os recursos que a vida lhes coloca nas mãos;
os prisioneiros do sofrimento nas trevas da inconformação, que se recusam a sair do labirinto de negação em que se escondem, fugindo à luz da consolação;
os irmãos que choram e, ao mesmo tempo, se encarceram em lamentações
sem proveito na teimosia e no desespero, repelindo a terapêutica do
perdão e do trabalho que se lhes faria estrada libertadora;
os encadeados da angústia que se levantam contra os espinhos das grandes provações, suscetíveis de reconduzi-los ao equilíbrio e à paz de que se reconhecem distantes.
Ainda mesmo perante os irmãos considerados delinquentes, abstém-te de condenar.
Todos nós, [os] Espíritos endividados ante as Leis de Deus, se abrirmos
o próprio íntimo, diante de companheiros que se empenham a conhecer-nos,
ei-los a soletrarem esta frase escrita com as nossas próprias lágrimas,
no portal de entrada de nosso coração: “Compadece-te de mim.”
Emmanuel
[1]
O título da mensagem original é o que se encontra entre parênteses e
seu conteúdo difere bastante nas palavras
marcadas e [entre colchetes]. O manuscrito dessa mensagem encontra-se
sob a custódia do Dr. Eurípedes Higino, filho adotivo do Chico e foi
publicada pelo GEEM no livro “Hora certa.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.