“E passando, viu Levi, filho de Alpheu e disse-lhe: — Segue-me. E, levantando-se, o seguiu.” — (Marcos 2.14)
É interessante notar que por todos os recantos onde Jesus deixou o sinal de sua passagem houve sempre grande movimentação no que se refere ao ato de levantar e seguir:
André e Tiago deixam as redes para acompanhar o Salvador. ( † )
Mateus levanta-se para segui-Lo. ( † )
Os paralíticos que retomam a saúde se erguem e andam. ( † )
Lázaro atende-Lhe ao chamamento e levanta-se do sepulcro. ( † )
Em dolorosas peregrinações e profundos esforços da vontade, Paulo de Tarso procura seguir o Mestre Divino, entre açoites e sofrimentos, depois de se haver levantado, às portas de Damasco. ( † )
Numerosos discípulos do Evangelho, nos tempos apostólicos, acordaram de sua noite de ilusões terrestres, ergueram-se para o serviço da redenção e demandaram os testemunhos santificados no trabalho e no sacrifício.
Isso constitui um acervo de lições muito claras ao espírito religioso dos últimos tempos.
A maioria dos cristãos vai adaptando, em quase todos os seus trabalhos, a lei do menor esforço. Muitos esperam pela visita pessoal de Jesus no conforto das poltronas acolhedoras; outros fazem preces por intermédio dos discos. Há os que desejam comprar a tranquilidade celeste com as espórtulas generosas, como também os que, sem nenhum trabalho em si próprios, aguardam intervenções sobrenaturais dos mensageiros do Cristo pelo bem-estar de sua vida.
Pergunta a ti mesmo se estás seguindo a Jesus ou apenas às normas do culto externo do teu modo de filiação ao Evangelho. Isso é muito importante, porque levantar e renovar-se ainda é o nosso lema.
Emmanuel
[1] O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original e seu conteúdo, diferindo nas palavras marcadas, foi publicado em 1973 pelo CLARIM e é o prefácio do livro “Segue-me.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.